O autoritarismo de Jair Bolsonaro fez mais uma vítima nesta terça-feira (23/10). O jornalista Juremir Machado da Silva, da rádio Guaíba, foi censurado pelo candidato do PSL e pediu demissão ao vivo.
Bolsonaro impediu a participação de três jornalistas durante a entrevista que deu à rádio Guaíba, do Rio Grande do Sul. Ele exigiu que apenas o âncora Rogério Mendelski o interpelasse, enquanto os demais participantes do programa – Juremir Machado da Silva, Jurandir Soares e Voltaire Porto – ficassem calados.
A exigência foi aceita pela rádio. O âncora do programa, então, não passou a palavra para ninguém e fez uma entrevista “chapa branca”.
Após a despedida do candidato, Juremir perguntou a Mendelski se podia dizer que foi censurado. Mendelski afirmou, gaguejando, que “não era censura, mas uma condição do candidato”. Juremir afirmou que se sentia humilhado, se despedindo dos ouvintes e agradecendo à audiência de dez anos. Depois, Juremir saiu do estúdio.
Mendelski perguntou a Voltaire se ele se sentiu incomodado, e o jornalista respondeu: “Preciso do meu emprego”.
Toda nossa solidariedade a Juremir Machado. Lutamos por um Brasil com democracia e liberdade de expressão.
Ouça o diálogo entre os jornalistas: