Bolsonaro faz 20 milhões de famílias ficarem 38 dias sem receber o Auxílio Brasil

Numa manobra eleitoreira e irresponsável, o governo antecipou em dez dias o pagamento do benefício em agosto, mas não vai antecipar em setembro, deixando brasileiros sem renda

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Bolsonaro atrasa pagamento do Auxílio Brasil

O pagamento dos benefícios do programa Bolsa Família nunca ultrapassou o período de 30 dias. Já com Bolsonaro, a demora para receber o Auxílio Brasil será de 38 dias. Neste mês de setembro, mais de 20 milhões de famílias, cerca de 60 milhões de brasileiros, ficarão mais tempo à espera do benefício, dinheiro imprescindível para a própria sobrevivência num país onde mais de 33 milhões passam fome.

Em agosto, numa manobra eleitoreira e irresponsável, Bolsonaro antecipou em dez dias o pagamento do Auxílio Brasil. Era a desesperada tentativa de “comprar” eleitores com o benefício no valor mínimo de R$ 600. Com essa medida, os pagamentos às famílias foram feitos entre os dias 9 e 22 do mês. Os repasses são feitos sempre ao longo de dez dias úteis e seguem o Número de Identificação Social (NIS). No calendário oficial, o pagamento em agosto deveria ter começado a partir do dia 18.

Conforme reportagem do portal Jota, o governo não vai cumprir os 30 dias entre um pagamento do Auxílio Brasil e outro por que enfrenta problemas para compatibilizar os dados do pagamento digital e em obter informações sobre a frequência escolar e a vacinação. Com isso, Bolsonaro não vai antecipar o calendário e os pagamentos estão programados para serem iniciados somente no dia 17 de setembro. Para cumprir o período de 30 dias, os pagamentos deveriam ter iniciado na última sexta-feira (09/09), mas isso não ocorreu.

Atenção ao mais pobres

A tentativa de conquistar votos não deu certo. As pesquisas de intenção de voto mostram que as famílias perceberam a manobra. Elas reconhecem em Lula a capacidade de transformar a realidade dos brasileiros mais pobres e garantir renda.

Lula já afirmou que manterá o auxílio em R$ 600 a partir de 2023, com adicional de R$ 150 por criança de até seis anos. O plano de governo da Coligação Brasil da Esperança também prevê mais investimento em creches e escolas em horário integral, a criação do Ministério das Mulheres e um programa de renegociação de dívidas, para limpar o nome das pessoas endividadas na Serasa e no SPC.