Jair Bolsonaro não se cansa de mostrar sua veia autoritária. A mais nova investida contra a democracia se deu com a tentativa de impedir a realização do evento Somos Todos Haddad e Manuela, agendado para a noite de segunda-feira (22/10), na Tucarena (PUC-SP).
Bolsonaro se deu mal. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o pedido, em nome da liberdade de reunião, relevante “para uma ordem jurídico-constitucional democrática, pois a formação da opinião e mesmo a formação da vontade política pressupõem uma comunicação que, em grande parte, se processa mediante reuniões”.
Segundo a nota, eventos como esse permitem o “exercício coletivo da liberdade de expressão e manifestação do pensamento”, que servem para a luta política e representam elemento da democracia direta.
O Somos Todos Haddad e Manuela não apenas aconteceu, como foi um ato lindo, que lotou a Tucarena e as ruas ao redor do teatro da PUC-SP. Artistas, intelectuais, religiosos, sindicalistas e membros de várias torcidas organizadas manifestaram seu apoio a Fernando Haddad e sua vice, Manuela d’Ávila, defensores da democracia, dos direitos sociais, civis, políticos e trabalhistas.
O ato também homenageou duas vítimas dessa escalada de violência que atinge o Brasil: Mestre Moa do Katendê, assassinado em Salvador em 7 de outubro por um eleitor de Bolsonaro, e a vereadora e ativista dos direitos humanos Marielle Franco, executada em 14 de março, no Rio de Janeiro.