Bolsonaro vai manter política econômica de Temer, sempre contra o trabalhador

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Jair Bolsonaro nunca esteve ao lado do trabalhador em seus 27 anos na Câmara Federal. E isso não vai mudar, como ocupante do posto máximo da nossa República.

Se eleito presidente, Bolsonaro afirma que vai manter vários integrantes da equipe econômica de Michel Temer. A mesma equipe responsável por levar o número de desempregados a quase 13 milhões de pessoas, pela recessão, pela retirada de direitos dos trabalhadores com a reforma trabalhista e pelo aumento do número de miseráveis.

Notícia nada surpreendente, uma vez que a trajetória de Bolsonaro como deputado federal sempre foi contra os trabalhadores. O candidato do PSL votou a favor da PEC 241, que congela gastos na educação e na saúde por 20 anos; votou a favor da Reforma Trabalhista, que acabou com vários direitos que constavam da CLT; e votou contra PEC das empregas domésticas.

Para ilustrar como Bolsonaro e Temer são aliados de primeira hora, é preciso que se diga que o Partido Social Liberal (PSL), com o qual Bolsonaro concorre à presidência, apoia caninamente o governo Temer, sendo até mais fiel  que o próprio partido do presidente golpista, o MDB.

Bolsonaro sempre foi contra os trabalhadores, e o povo tem o direito de saber disso.

O ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Sérgio Silveira Banhos, inclusive, acredita que “a divulgação do posicionamento político do candidato no exercício do mandato parlamentar –especificamente quando da votação da ‘PEC das Domésticas’– é de suma importância para a formação da opinião do eleitor”.

Banhos se manifestou a esse respeito ao negar na segunda-feira (22/10) um pedido de direito de resposta do candidato PSL contra a campanha de seu adversário, Fernando Haddad, apenas porque o candidato petista listou como Bolsonaro votou ao longo de sua carreira contra os trabalhadores.

Bolsonaro argumentava que Haddad estava utilizando frases e posicionamento seus fora de contexto. Para Banhos, porém, deve “prevalecer a liberdade de expressão”, citando que ela “constitui um dos fundamentos essenciais de uma sociedade democrática e compreende não somente as informações consideradas como inofensivas, indiferentes ou favoráveis, mas também as que possam causar transtornos, resistência, inquietar pessoas, pois a Democracia somente existe baseada na consagração do pluralismo de ideias e pensamentos políticos, filosóficos, e da tolerância de opiniões e do espírito aberto ao diálogo”.