Nesta terça-feira (23), o Brasil abriu a Cúpula do Clima 2014 na sede da ONU, em Nova York, apresentando os resultados de sua política ambiental. Desde 2004, o desmatamento no país caiu 79%, o que evitou lançar na atmosfera 650 milhões de toneladas de CO2 a cada ano. “O Brasil, portanto, não anuncia promessas. Mostra resultados”, afirmou a presidenta Dilma Rousseff, que fez o discurso de abertura na Organização das Nações Unidas.
Além de relembrar as conquistas do Brasil no campo ambiental, ela defendeu um acordo entre todos os países do mundo para pensar e executar soluções conjuntas. Além de o país ter reduzido o desmatamento, assumiu o compromisso de cumprir a meta da Conferência do Clima de Copenhague (2009), quando se dispôs a diminuir, até 2020, 36% das emissões. “Entre 2010 e 2013, deixamos de lançar na atmosfera a cada ano, em média, 650 milhões de toneladas de dióxido de carbono”, destacou Dilma.
Incentivando a preservação sem impedir o crescimento econômico, os governos de Lula e Dilma também aumentaram em 52,9% as áreas de proteção ambiental, fizeram crescer a capacidade de geração de energia eólica em 800% e colocaram o Brasil no topo do ranking dos países do mundo que reduziram a emissão de gases do efeito estufa. Ao mesmo tempo, ofereceram alternativas às populações locais, por meio de programas como o Bolsa Verde (de renda mínima) e a Operação Arco Verde Terra Legal, que regularizou terras, ofereceu auxílio técnico e mudou o modelo econômico de 43 municípios da Amazônia.
Declaração de Nova York sobre Florestas
O Brasil não assinou uma carta de boas intenções, denominada Declaração de Nova York sobre Florestas. Segundo entrevista da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, à Associated Press, o Brasil não foi convidado a se engajar no processo de preparação da declaração. “Eu acho que é impossível pensar que pode ter uma iniciativa global para florestas sem o Brasil”.
O professor de política ambiental internacional Paul Wapner, da American University, também entrevistado pela Associated Press, concordou que não faz sentido um acordo sem o Brasil. “Eles são o país mais importante nesta área. Um acordo de desmatamento sem o Brasil é como um plano de redução de carbono sem os Estados Unidos”, disse.
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