Brasil precisa de diálogo com China, EUA, Europa e voltar a mostrar a sua importância, diz Lula

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Ex-presidente também ressaltou importância da integração com América Latina, em entrevista ao canal de TV chinês em língua inglesa CGTN America

Pelo tamanho de sua economia e sua relevância geopolítica, os laços comerciais e políticos do Brasil não podem ser restritos a um ou outro país, defendeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista a Anand Naidoo, âncora do talk show The Heat, do canal de TV chinês em língua inglesa CGTN America, veiculada na noite de sexta-feira (24). Para isso, é preciso ter diálogo com todos os países que são parceiros do Brasil.

“Nós devemos ter acordos estratégicos com a China, claro, e também com os EUA e com a Europa, porque o Brasil precisa mostrar o seu tamanho e a sua importância para o mundo”, afirmou o ex-presidente.

Assista a entrevista aqui (em inglês)

Ao longo da conversa, Lula lembrou de diversos momentos em que defendeu, como presidente do Brasil, a cooperação internacional como forma de superação dos problemas globais e das desigualdades em nível internacional. Entre eles, os debates sobre mudanças climáticas e a superação da crise econômica global de 2008.

O ex-presidente apresentou, ainda, o que crê ser o caminho para a reinserção do país como um gigante da economia mundial: a integração com o países da América Latina e investimentos em educação e ciência e tecnologia.

“É preciso investir muito em educação e em ciência e tecnologia para conseguir ter uma capacidade produtiva, crescer e estar em pé de igualdade com outros países, como a China, os Estados Unidos ou os países europeus”, disse o ex-presidente.

Lula também disse que a união dos países latino-americanos deve ser um princípio da atuação internacional do Brasil, destacando que a ação em bloco fortalece a posição de cada país no relacionamento com grandes potências mundiais. “Nesta relação com a América Latina, nós não buscamos hegemonia, mas buscamos parceria para crescer juntos.”