Brasil precisa restabelecer relações e protagonismo internacional, diz Lula na CNN

Em entrevista nesta segunda, ex-presidente afirmou que o país desapareceu do cenário internacional por estar sob um governo que não gosta nem conversa com ninguém

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Brasil precisa restabelecer protagonismo internacional, diz Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (12/09) que pretende restabelecer as relações e o protagonismo internacional que o Brasil já teve. O objetivo é atrair investimento externo, discutir a questão do clima com mais seriedade e propor debate sobre a representatividade no Conselho de Segurança da ONU.

“A gente não pode continuar com um Conselho de Segurança representado pela geopolítica da Segunda Guerra Mundial. É preciso entrar país africano, é preciso entrar país latino-americano, é preciso entrar a Alemanha, é preciso entrar a Índia para que a gente possa, na questão climática, quando tomar uma decisão, ela ter validade para não precisar ser aprovado pelo estado nacional porque senão não funciona”, afirmou, em entrevista à CNN.

Na conversa com o jornalista William Waack, Lula contou que pretende viajar para discutir a questão do investimento externo e disse ter certeza de que, nesse momento da história do Brasil, ninguém tem mais credibilidade de visitar o exterior e fazer acordos de investimento para o Brasil.

“Nós vamos convencer as pessoas de que o Brasil é um bom negócio para fazer investimento novo. Não para vender empresa pública”, ressaltou. Lula afirmou que o país desapareceu do cenário internacional por estar sob um governo que não gosta nem conversa com ninguém. “O Brasil desapareceu e o Brasil tem que voltar. Uma coisa importante é que Brasil não tem contencioso. Quem cria contencioso é o atual presidente, que não gosta de ninguém, que não quer conversar com ninguém”.

Lula afirmou que um chefe de Estado não escolhe amigo para conversar e disse que o país precisa estar bem com os Estados Unidos, com a China, com a União Europeia, com a África e com a América Latina. “Vamos voltar a fazer política de investimento diplomático muito grande”.

Fotos: Ricardo Stuckert