O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje, ao lado da ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que é preciso defender o legado dos governos petistas e que só haverá projeto de desenvolvimento se a questão ambiental for tratada como prioridade, e que o país deve ser protagonista internacional nesse tema. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (12/09), durante entrevista coletiva em São Paulo (SP), que contou com a presença do ex-governador Geraldo Alckmin, da presidenta do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, e do ex-ministro Aloizio Mercadante.
“Esse país tem que virar protagonista internacional na questão do clima. Não tem nenhum país que tenha condições de virar protagonista e de ajudar a criar políticas”, disse Lula. Segundo o ex-presidente, não se trata de transformar a Amazônia em um santuário. “Ela tem que ser estudada, pesquisada, soberanamente sob controle do Brasil. Nós precisamos compartilhar com a ciência o estudo da riqueza, da biodiversidade, para saber se a gente consegue sustentar 28 milhões de seres humanos que moram na Amazônia venezuelana, peruana, colombiana, equatoriana e brasileira”, declarou.
Lula recordou também que conheceu Marina ainda nos anos 1970, e que ela não mudou seus princípios e convicções. Sobre a aliança atual, ele afirmou que o momento é histórico.
“Nesse momento histórico, na presença da Marina, [a aliança] é uma demonstração de que a democracia pode ser exercida mesmo quando você tem divergências pontuais com outra pessoa. Eu digo sempre que a democracia não é um pacto de silêncio, a democracia é uma sociedade em ebulição, em movimento, à procura de conquistas para a sua família, para o seu bem estar”, completou.
