O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta quinta-feira (21) do lançamento oficial da plataforma Brasil que o Povo Quer, em São Paulo. Lula celebrou a iniciativa, capitaneada pelo Partido dos Trabalhadores e Fundação Perseu Abramo, e classificou a plataforma como uma demonstração da evolução do partido no diálogo com a sociedade.
“Fazer um chamamento a sociedade pra ela dizer o Brasil que ela quer é a demonstração de que o PT evoluiu e abriu as portas para que a sociedade possa dizer claramente as políticas públicas e o Brasil que deseja”, avaliou Lula. O ex-presidente citou referências como as 74 conferências realizadas durante seu governo, responsáveis por dar voz à população na formação das políticas implementadas na gestão.
“Estamos prestando um grande serviço, desafiando mulheres e homens, jovens e velhos, negros e brancos a participar ativamente”, ressaltou. “Esse partido toma a atitude de abrir uma mesa do tamanho do Brasil pra perguntar, por exemplo, como a gente vai tratar a questão das drogas nesse país? Vai tratar apenas como uma questão de polícia?”, questionou.
Para o ex-presidente, o partido precisa encabeçar o debate das novas demandas da sociedade. “O PT tem que ter coragem de dizer que nenhuma religião tem que ter supremacia sobre a outra. O partido tem que assumir esses debates, inovar. Tem que fazer escolinha de base e produzir não apenas novos programas, mas novos dirigentes. Gente com a cabeça no século 21”, sinalizou.
Plataforma
A plataforma “Brasil Que o Povo Quer” pretende construir um amplo processo de escuta e debate para envolver os brasileiros e brasileiras na construção de um novo programa para o Brasil. Marcio Pochmann, presidente da Fundação Perseu Abramo, afirmou que a ferramenta deve permitir a construção de um programa a partir do diálogo presencial e remoto entre a direção do Partido dos Trabalhadores, estudiosos e o povo.
Já Tereza Campello, ex-ministra do Desenvolvimento Social e do Combate à Fome, lembrou que os governos petistas conseguiram tirar o Brasil do Mapa da Fome da ONU graças a políticas públicas bem estruturadas e que evoluíram no contato com o povo. A porcentagem de pessoas atingidas pela fome caiu de 10% em 2002 para 1,7% em 2014.
