Durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2003 e 2010, 32 milhões de brasileiros saíram da pobreza e entraram na classe média. Em 2012, a classe média era composta por 104 milhões de pessoas, o que correspondia a 53% do total da população. Ou seja, mais da metade dos brasileiros.
Infelizmente a realidade no governo atual é que milhões de brasileiros despencaram diretamente da classe C para a miséria. Pela primeira vez na década a classe média forma menos da metade da população brasileira. São 100,1 milhões de brasileiros, que representam hoje 47% do país, segundo pesquisa do Instituto Locomotiva realizada em 2021.
Em 2012 projetava-se que o ciclo de expansão promovido pelos governos petistas elevasse para 57% a população da classe C brasileira em 2022. Entretanto, o golpe de 2016 e o governo desastroso de Jair Bolsonaro, sobretudo no que diz respeito à pandemia, resultou no enxugamento relevante dessa classe social, cuja renda per capita vai de R$ 667,00 a R$ 3,7 mil.
No ano de 2013, a classe média injetou mais de R$ 1,17 trilhão na economia brasileira, segundo dados do instituto de pesquisa Data Popular e do Serasa Experian. Nesse mesmo período, a classe baixa (D e E) reduziu até 27% e a classe alta cresceu ligeiramente até 20%.
Esse ciclo de expansão da economia nacional, com o fenômeno da ascensão da Classe C no país, é fruto direto de políticas dos governos petistas que propiciaram a estabilidade e oferta de emprego e o aumento real do salário-mínimo do trabalhador. Os programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, e a facilitação do acesso à crédito estimularam o consumo interno e ampliaram o acesso à educação, saúde e moradia, especialmente para segmentos da sociedade brasileira historicamente marginalizados, como negros, nordestinos e trabalhadores rurais.
De cada 100 pessoas que ingressaram na classe C entre 2002 e 2012, 75 eram negras ou pardas – ou seja, três em cada quatro pessoas. No Nordeste, a classe C cresceu de 22% para 42% do total da população. As políticas econômica e social dos governos Lula e Dilma contribuíram também para a redução das desigualdades entre o campo e a cidade. Na área rural, a classe C dobrou, passando de 21% da população para 42%.
Os governos petistas foram criticados pela elite preconceituosa do país por encher os aeroportos de pobres. As faxineiras, a contragosto inclusive de políticos de agora, porteiros, mecânicos, operários, manicures e tantos outros trabalhadores brasileiros puderam viajar de avião pela primeira vez.
Entre 2004 e 2013, o número de passageiros em voos domésticos triplicou. O total de passageiros pagantes em voos domésticos foi de 2,6 milhões à marca de 8,2 milhões.
No governo atual, no entanto, pesquisas mostram que o brasileiro teve que se desfazer de bens materiais, do plano de saúde, recorrer a bicos e abrir um negócio para complementar a renda.
O trabalhador que antes tinha estabilidade e podia viver tranquilamente, sabendo que teria o dinheiro para o aluguel no mês seguinte, hoje vive com medo de perder o emprego e atrasa o pagamento das contas de água e luz.
No período em que o ex-presidente Lula esteve à frente do país – oito anos encerrados em dezembro de 2010 -, houve queda de 50,64% da pobreza no Brasil. Levantamento da consultoria Tendências, mostra que hoje mais da metade da população brasileira (51%) está na classe D e E. São 37,7 milhões de domicílios com renda mensal de até R$ 2,8 mil. Há 10 anos, essa classe de renda representava 48,7% da população.
Esse cenário nacional, resultado da crise sanitária mal administrada, insegurança política, desemprego, inflação descontrolada e alta nos preços dos alimentos, fez com que o Brasil voltasse ao Mapa da Fome, do qual havia saído em 2014.
O país registra um aumento de 28% no número de pessoas vivendo com insegurança alimentar moderada ou grave entre 2016 e 2020. Isso significa dizer que 12,1 milhões de brasileiras e brasileiros passaram a conviver com a fome neste período, que coincide com o fim das gestões do PT no governo federal.
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