Fortaleza foi palco na noite desta quinta-feira (28) do primeiro dos seminários “O decênio que mudou o Brasil”. Focado no tema “Políticas de bem-estar, direitos humanos e o desafio da inclusão social”, o encontro em Fortaleza inaugurou uma série temática que vai passar por várias cidades brasileiras.
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O ex-presidente Lula foi o último a falar e defendeu que não há debate que não possa ser enfrentado pelo atual governo. Ele ressaltou que o Programa Luz para Todos já atingiu 14 milhões de pessoas. Quando lançado, o IBGE dizia que eram apenas 2 milhões de pessoas sem luz. “Colocar luz na casa de uma pessoa é transferi-la do século 18 para o século 21 em 1 segundo”, ressalta.
Lula destacou ainda que o papel do Estado nesse processo de inclusão foi fundamental. “Eles [as empresas privadas] são muito eficientes quando o cliente pode pagar, mas quando o cliente é pobre quem tem que atender é o ineficiente Estado que eles quiseram destruir”. O ex-presidente fez questão de mostrar que essa melhoria da vida das pessoas resultou também em uma dinamização da economia, citando o grande aumento no consumo de eletrodomésticos por essas famílias.
Ao falar sobre corrupção, o ex-presidente disse duvidar que qualquer outro governo tenha criado mais instrumentos de combate à corrupção do que o dele. Lula defendeu ainda a reforma política e disse que, se for preciso, deveria ser criada uma constituinte só para o tema. “Do jeito que se faz campanha hoje, não dá para continuar. Se continuar assim, só vai poder ser candidato a vereador em Quixadá, um cara do Itaú. Pobre não vai poder mais se candidatar”, afirmou.
Antes de Lula, o evento havia começado com a fala dos presidentes do PT e dos partidos aliados, seguiu com uma apresentação da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello com comentários de Marcio Pochmann, presidente da Fundação Perseu Abramo.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, abriu o evento falando da importância de lembrar os avanços que o Brasil teve nos últimos dez anos e ressaltou que elas não são conquista só pelo PT, mas de todos os partidos aliados. Já a presidenta do PT do Ceará, Luizianne Lins, ressaltou que as mudanças ocorridas na últimas décadas foram muito rápidas, mas que ainda é preciso avançar. Ela ressaltou o nordeste vive a maior seca dos últimos 40 anos e “é preciso acreditar que é possível melhorar ainda mais a vida do trabalhador rural”.
O presidente do PSB Ceará e governador do Estado, Cid Gomes, começou seu discurso se referindo ao ex-presidente Lula como o maior e melhor presidente que esse país já teve. Ele ressaltou que em seus 14 anos de vida pública ocupando cargos ele sempre esteve ao lado do PT.
O encontro seguiu com uma apresentação do cordelista Crispiniano Neto, que apresentou o cordel ”10 anos de governo com o povo no poder”, feito especialmente para a ocasião.
O presidente da Fundação Perseu Abramo, Marcio Pochmann, apresentou a dinâmica dos seminários, que acontecerão em várias cidades brasileiras para discutir temas espeíficos desses 10 anos de governo democrático e popular e passou a palavra à ministra Tereza Campello.
A ministra do Desenvolvimento Social Tereza Campello também participou dos debates. Ela começou sua fala dizendo da honra de participar desse momento de comemoração. A ministra apresentou quatro pontos que considera os principais responsáveis pelo sucesso do governo no combate à pobreza. O primeiro deles foi a geração de empregos: 19 milhões de empregos formais foram criados nesses dez anos. Depois, ela citou o aumento permanente e sistemático do salário mínimo, que teve 72% de aumento real no período. O fortalecimento da agricultura familiar, com a compra de alimentos pelo governo e acesso ao crédito foi o terceiro ponto. Por fim, a ministra ressaltou a importância crucial dos programas de transferência de renda. Tereza Campello disse que apesar de alguns deles já existirem antes, muito trabalho foi necessário para construir a política social consistente que existe hoje. Ela destacou a organização do cadastro único e da busca ativa como importantes avanços feitos e que culminara com 35 milhões de pessoas que saíram da miséria só com o Bolsa Família.
No palco também estiveram os presidentes estaduais dos partidos da base aliada: PSD, PC do B, PMDB, PR, PV, PRB, PMN, PTN, PT do B, PSC.
Investimento social é investimento econômico
O infografista Ilustre Bob contou, em imagens, um pouco da história que criou um ciclo virtuoso na economia brasileira: quando cresce a renda da população, cresce também o consumo, a produção e o emprego. Você cresce, o país cresce junto. Clique aqui para ver o infográfico.
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