O Brasil terá Sistema Nacional de Educação organizado para atender as necessidades do ensino público em eventual governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A afirmação foi feita nesta quinta-feira (01/09) pelo deputado federal, Reginaldo Lopes (PT-MG). Lopes participou de sabatina promovida pelo jornal Folha de S.Paulo, em parceria com a organização da sociedade civil Todos Pela Educação. Ele representou a Coligação Brasil da Esperança e foi entrevistado pela presidente-executiva da organização, Priscila Cruz, e pelo jornalista Paulo Saldaña.
O sistema para a educação tem como modelo o Sistema Único de Saúde (SUS) que provou, durante a pandemia de Covid-19, ser eficaz ao responder de forma rápida as crises daquele período, explicou Lopes.
Lopes afirmou que será preciso uma ação emergencial para combater o atraso educacional causado pela pandemia. Segundo ele, o governo fará uma busca ativa dos alunos que abandonaram os estudos. Para tanto, será necessário força-tarefa interministerial, envolvendo o Ministério da Cidadania, para realizar o mapeamento das famílias. E também o Ministério da Saúde, para cuidar dos prejuízos à saúde mental dos alunos e familiares. Priscila lembrou que, no Brasil, além do abandono, os alunos tiveram uma perda de até 70% no aprendizado de matemática e até 50% em português.
Pacto federal
Outras prioridades do plano de governo são a implementação de ensino integral e integrado para a educação básica e a ampliação do modelo dos institutos federais. “O governo federal precisará ajudar a financiar a educação básica para alcançarmos as metas deixadas de lado nos últimos anos”, explicou o deputado.
Já para o Ensino Médio o objetivo é conquistar pelo menos 800 horas por ano até chegar a 1.400 anuais. Segundo Lopes, a reforma do Ensino Médio é motivo de orgulho das gestões petistas.
O deputado afirmou ainda que o governo Lula voltará a olhar para os mais pobres, gerando oportunidades para que todas as famílias tenham acesso à educação. “Precisamos de um pacto federal de dez anos pela educação. Se nós educarmos uma geração inteira, essa geração não vai admitir que as próximas não tenham os mesmos recursos”, explicou ele. Lopes lembrou os feitos dos governos Lula que pegaram o país com uma população universitária de 3 milhões de estudantes e deixaram com 8 milhões de universitários.
