O Brasil terá a sua 38a embaixada no continente africano. Será em Lilongwe, capital do Malauí, país da costa oriental da África, e passará a operar a partir de junho. A informação é do subsecretário-geral para África e Oriente Médio do Itamaraty, Paulo Cordeiro, que visitou o Instituto Lula no dia 13/5.
Com a abertura da nova sede, o Brasil passa a ter, junto com a Rússia, a quarta maior presença diplomática na África, segundo dados do Itamaraty. Os Estados Unidos (com 49 missões), China (48) e França (46) encabeçam a lista.
Segundo Cordeiro, o foco do Brasil agora será melhorar a infraestrutura das representações já existentes, e não ampliar o número de embaixadas no continente. “Ainda faltam representações em países relevantes, como Uganda. Mas, antes, precisamos consolidar o trabalho onde já estamos presentes”, disse.
Priorizar as relações com países do hemisfério Sul, principalmente do continente africano, foi uma prioridade na política externa do governo do Presidente Lula e representou uma mudança de paradigma em relação aos governos anteriores. O ex-presidente fez 33 viagens presidenciais ao continente africano e abriu 19 novas embaixadas. Ele impulsionou, ainda a criação da Cúpula América do Sul-África (ASA); a instalação de um escritório da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) em Gana; da fábrica de antirretrovirais em Moçambique; de uma fazenda-modelo para a produção de algodão no Mali e da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), com metade das vagas para alunos africanos. O governo Dilma Rousseff dá continuidade a esta política para fortalecer ainda mais as relações entre o Brasil e a África.
Agora, à frente do Instituto Lula, o ex-presidente trabalha para levar as políticas sociais do seu governo aos países menos desenvolvidos como forma de reduzir a pobreza e as desigualdades sociais. O Instituto está apoiando o seminário “Novos enfoques unificados para acabar com a fome na África”, organizado pela União Africana e pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). O encontro acontecerá em Adis Abeba, na Etiópia, nos dias 30 de junho e 1º de julho deste ano.
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