O embaixador Francis Moto, do Malauí, visitou nesta sexta-feira (1) a sede do Instituto Lula em São Paulo. Numa conversa com o coordenador executivo da Iniciativa África do Instituto Lula, Celso Marcondes, o embaixador malauiano comemorou o momento mais frutífero na história das relações entre os dois países e falou sobre cooperação no combate à fome, um dos eixos prioritários de trabalho no Instituto Lula.
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“Depois da abertura da embaixada do Brasil no Malauí, vivemos o melhor momento das relações entre nossos países”, avaliou o embaixador, que disse também que a presidenta do Malauí, Joyce Banda, deve fazer uma visita ao Brasil, provavelmente ainda este ano.
O ex-presidente Lula esteve no Malauí no final de junho, convidado a discutir as metas para combate do HIV/AIDS, a serem estabelecidas pelas Nações Unidas no programa Metas do Milênio, que vai até 2015. Na ocasião, Lula reforçou seu entendimento de que “a produção de medicamentos não pode representar apenas interesses econômicos, mas também humanitários”. (leia mais sobre o encontro aqui).
Neste ano, o Malauí enfrenta uma crise de produção de alimentos, que se reflete principalmente na safra de milho, que deve ser a menor dos últimos anos. Ciente de que a questão não se restringe apenas à produção de alimentos, o embaixador Moto falou da importância da construção do chamado Corredor de Nacala, a cargo da brasileira Vale. “Atualmente, nós pagamos de 50% a 60% a mais pelos produtos que exportamos ou importamos via Tanzânia ou África do Sul. Com o Corredor Nacala, que a Vale está construindo via Moçambique, teremos condições economizar até 40% desse custo”, explicou. O Corredor Nacala é um sistema logístico de rodoferroviário para transportar minerais do interior de Moçambique até o porto de Nacala, no mesmo país, mas atravessando o território do Malauí.