Conheça melhor o projeto do Memorial da Democracia apresentado em 26 de junho

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Para baixar fotos em alta resolução, visite o Picasa do Instituto Lula.

O projeto do museu interativo Memorial da Democracia foi apresentado pela primeira vez ao público nesta terça-feira (26). O projeto é coordenado por Paulo Vannuchi, diretor do instituto Lula, e conta com uma equipe liderada pela historiadora Heloísa Starling, da UFMG, pelo designer Gringo Cardia e pelo arquiteto Marcelo Ferraz.

Heloísa explicou que todo o projeto das linhas narrativas partiu da frase do presidente Lula de que a democracia é uma conquista do povo brasileiro. A partir daí foram criadas cinco linhas narrativas que contemplam desde as lutas de resistência dos negros, passando pelas conjurações mineira, carioca e baiana e chegando à luta contra a ditadura e aos movimentos mais recentes. Esse processo culmina na ideia da democracia infinita, que é continuamente construída e ampliada.

Além dessa abordagem histórica e interativa dos processos democráticos, que visa formar e informar os visitantes sobre o que foi e continua sendo o processo de construção democrática, o Memorial da Democracia abarcará também o acervo presidencial que reúne documentos, cartas e presentes recebidos pelo ex-presidente Lula durante seus mandatos. Lula considera que esse acervo deve ser público e estar acessível a quem queira conhecê-lo e pesquisá-lo.

Essas duas diferentes partes do museu estarão separadas arquitetonicamente, já que o projeto desenvolvido por Marcelo Ferraz prevê dois blocos distintos, ligados por passarelas. Dessa forma, o bloco principal e maior será ocupado pelo Memorial propriamente dito, enquanto o bloco anexo e menor, abrigará o acervo presidencial de Lula.

Gringo explica que a ideia é que o acervo do museu não possa ser visto todo de uma vez só, fazendo com que o visitante se torne um habitué do local. Ele destaca ainda que a interatividade será um dos pontos fortes do museu. Por isso foram planejadas atrações que permitam aos visitantes não apenas apreciar visualmente o que está posto, mas interagir e personalisar sua experiência.

Ainda sobre o projeto arquitetonico, Marcelo Ferraz explica que a entrada do memorial foi escolhida como o coração do prédio. Ela será uma grande e agradável área de circulação, quase uma extensão da via pública, onde as pessoas poderão interagir com diversos equipamentos multimídia e ter acesso à biblioteca e midiateca. Há a ideia ainda que esse espaço tenha um equipamento onde os visitantes possam gravar depoimentos sobre sua visita ao museu. Ao sair do museu, a proposta é que o visitante possa levar consigo um pequeno cartaz com fotos de fotógrafos renomados e palavras e frases relacionadas ao tema da democracia.

As ideias colocadas pela equipe na apresentação desta terça-feira fazem parte do projeto inicial do memorial e ainda estão sujeitas a contribuições. Nesse sentido, a reunião teve como objetivo ouvir uma diversidade de opiniões sobre o projeto e questões que possam ser incluídas. Além dos conselheiros do Instituto, a plateia foi formada por intelectuais, artistas, representantes de movimentos sociais, arquitetos e pesquisadores convidados que deram contribuições para o desenvolvimento do projeto.

Entre os convidados para assistir e opinar sobre o projeto estiveram a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, o ministro da Secretaria-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, o ex-ministro da Educação e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, o ex-ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, o cientista político e professor da USP, Lúcio Kowarick, a psicanalista, Maria Rita Kehl, os happers Gog e Rappin’ Hood e os presidentes da CUT, Artur Henrique, e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, Juvandia Moreira.