A população mais pobre sofre com a ausência de políticas públicas que garantam o direito à moradia. Em todo o país, o déficit habitacional é de 5,8 milhões de unidades. Apenas na cidade de São Paulo, a carência chegou 1 milhão de habitações. Os números revelam o impacto do abandono da população de baixa renda por parte do governo Bolsonaro.
A violação ao direito de morar deixa um universo de brasileiros em situação dramática. Em muitos casos, a saída é a rua, levando ao aumento de famílias inteiras alojadas em barracas ou sob marquises de calçadas. Em outros casos, a casa existe, mas é quase como a representação da música que fala em uma que não tem teto, não tem chão, não tem parede, não tem nada, numa rotina sem graça nenhuma.
Essa é a triste realidade da desempregada Elaine Cristina, entrevistada pelo portal da Jovem Pam. Segundo a reportagem, a casa de três cômodos, erguida numa ocupação ilegal na periferia de São Paulo, corre o risco de desabar, com paredes rachadas, uma delas quebrada, teto sem forro com aberturas que levam água de chuva para dentro. Três filhos da mulher, que faz bicos como faxineira, estão em um abrigo até que a mãe tenha condições de alojá-los num lar com dignidade e segurança.
Brasil com emprego, moradia, comida, lazer e paz
O ex-presidente Lula defende que o Brasil volte a um estado de bem-estar social, no qual as pessoas têm emprego, comida, acesso a lazer e casa própria, com ajuda de subsídio. “Pelo amor de Deus, não digam que isso é gasto, que isso é loucura. Loucura é deixar um brasileiro dormir debaixo da ponte, com estão dormindo hoje mulheres, homens e crianças”, afirmou, lembrando o Minha Casa Minha vida, maior programa habitacional do país, que construiu mais de quatro milhões de unidades, com facilitação para acesso dos mais pobres, e que será reeditado, caso ele ganhe as eleições.
O direito à moradia é prioridade explícita no programa de governo da Coligação Brasil da Esperança. “Voltaremos a ter um amplo programa de acesso à moradia, com mecanismos de financiamento adequados a cada tipo de público. Ter uma moradia digna, proteção primeira da família, é um direito de todos e todas e um requisito para um Brasil desenvolvido e soberano”, diz o documento.