O primeiro dia do “Seminário de Trocas de Experiências do PAA África e Mercados Institucionais”, em Adis Abeba, foi bastante intenso. O seminário é organizado pelos governos brasileiro e etíope, com colaboração do Departamento para o Desenvolvimento Internacional do Reino Unido (DFID), a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA). Iniciado nesta segunda (2), o encontro prossegue até sexta-feira, dia 6. A mensagem enviada apelo ex-presidente Lula foi lida logo na manhã de segunda-feira.
A cerimônia de abertura contou com a presença do ministro da Agricultura da Etiópia, Tefera Derebew, a embaixadora do Brasil na Etiópia, Isabel Heyvaert, a representante permanente do Brasil nas agências da ONU em Roma, Maria Laura da Rocha, o secretário nacional da agricultura familiar no Brasil, Valter Bianchini, e representantes do PMA – Etiópia, do escritório regional FAO na África, do DFID no Brasil e do Instituto Lula, representado por Helena Tavares e Márcia Lopes.
A mensagem do ex-presidente Lula acentuou a necessidade de comprometimento político dos governantes africanos, a importância dos programas sociais e as políticas públicas de inclusão e participação da sociedade civil para a concretização do PAA Africa (Programa Aquisição de Alimentos África).
A ex-ministra do Desenvolvimento Social durante o governo Lula, Márcia Lopes, destacou o comprometimento político dos governos Dilma e Lula, como crucial para a implementação do conjunto de políticas sociais estruturadas no Brasil na estratégia Fome Zero.
O vice-representante regional da FAO na Africa, Lamourdia Thiombiano, reafirmou a importância do comprometimento dos governos com os mercados locais e seu impacto positivo na renda familiar e segurança alimentar. Segundo Thiombiano, a FAO deseja aumentar seu apoio técnico na segunda fase do programa para vencer os desafios enfrentados nesta primeira fase.
O secretário nacional da agricultura familiar, Valter Bianchini, recordou que discutir agricultura familiar agora é essencial, uma vez que 2014 é o Ano Internacional da Agricultura Familiar, e diversos debates e comemorações estão se realizando em torno do tema.
Na experiência brasileira, o forte componente das políticas sociais nos permitiu “assistir, ao longo da última década, 42 milhões de pessoas ascenderem da linha da pobreza, e não tivemos problemas de insegurança alimentar”, segundo Bianchini. “Os países africanos são como nossos irmãos e eu me sinto muito honrado de compartilhar nossa experiência aqui”, afirmou o secretário ao final do seu discurso.
O governo brasileiro demostrou grande comprometimento e apoio a todos os atores envolvidos na implementação da segunda fase do PAA África. A necessidade de recursos financeiros para a implementação do programa até 2018 foi destacada pela FAO e pelo Brasil.
No período da tarde, duas mesas de debate discutiram publicas públicas para agricultura familiar e assistência alimentar, e as perspectivas da aquisição de alimentos na África.
Saiba mais sobre o PAA África no site da http://paa-africa.org/pt/
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