Começou cedo o segundo dia da Caravana #LulaPeloBrasil por Minas Gerais. Antes das 8h a comitiva já estava na estrada saindo de Ipatinga, no Vale do Aço, rumo a Governador Valadares, no Vale do Rio Doce e depois a Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri.
O caminho até Governador Valadares revelou uma paisagem duramente devastada, os chamados “morros carecas”: uma terra batida, capim seco e ausência de árvores. Resultado de décadas de exploração descuidada. Por isso mesmo a primeira parada, no assentamento Liberdade, município de Periquito, a 70 km de Ipatinga foi simbólica e cheia de esperança. Lá, visitamos um viveiro com 150 mil mudas de árvores que serão usadas para recuperar 40 mil nascentes da região. Quem já assistiu ao filme “Sal da Terra”, de Sebastião Salgado, sabe como o florestamento é capaz de devolver a vida aos solos locais. De Periquito, seguimos pouco mais de 40 km até a margem do rio Doce, em Governador Valadares. Famosa pelo calor, Valadares nos recebeu com tempo ameno e céu encoberto. As águas calmas e limpas do rio ainda rolam sobre uma lama tóxica, advinda do estouro de uma barragem de rejeitos de mineração em novembro de 2015. “O rio está morto, os peixes contaminados”, contou o pescador profissional.
Nos 140 km seguintes, até Teófilo Otoni, a paisagem vai ganhando mais árvores. Na beira da estrada, paramos na distrito de Lajinha, e recebemos um pouco do carinho dos teofilotonenses antes mesmo de chegar na região central do município. À noite, uma brisa suave amenizava a temperatura e a multidão na Praça Tiradentes foi a maior – e mais animada – até agora na caravana.
UFVJM
Ao chegar em Teófilo Otoni, Lula foi ao campus da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), onde conversou com os estudantes e foi recebido pelo reitor.
