A Marcha para Jesus, evento que acontece em todo o mundo desde a década de 1980, começou a ser realizada no Brasil em 1993 reunindo diferentes congregações evangélicas nas ruas de todo o país para louvar a fé.
Por mais de dez anos, a caminhada de fieis acontecia informalmente, mas em 2009, com o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, passou a fazer parte do calendário oficial do país.
Naquele ano, em 3 de setembro, Lula sancionou a Lei 12025, que instituiu o Dia Nacional da Marcha para Jesus, a ser comemorado, anualmente, no primeiro sábado subsequente aos 60 (sessenta) dias após o Domingo de Páscoa.
Liberdade para professar a fé
Além de respaldo legal que assegura o respeito com a religião e seus seguidores, a Lei sancionada por Lula garantiu que os evangélicos pudessem professar publicamente a fé e se reunirem em nome da crença. Com isso, ela também reforça a imagem da democracia brasileira como um país que considera a liberdade individual dos diferentes grupos um direito inalienável.
Na campanha eleitoral atípica deste ano, há uma produção sistemática de conteúdos mentirosos tentando confundir a sociedade brasileira sobre a fé e a relação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com as religiões.
A história de Lula demonstra que ele sempre atuou, nos cargos públicos que ocupou e em sua prática pessoal de vida, para que a liberdade religiosa, de consciência e crença, garantida pela Constituição, fosse exercida integralmente em sua plenitude.
O artigo 5º da Constituição de 1988 diz que a todos os brasileiros e brasileiras é assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e os locais e as liturgias devem ser protegidos.
Lula é cristão e acredita em Deus
Lula é cristão, acredita em Deus, é amigo do Papa Francisco e de lideranças religiosas de diferentes crenças. Em diferentes situações ele critica com veemência a tentativa de candidatos, correntes políticas e da fábrica de mentiras ligadas a eles de desrespeitar e banalizar politicamente a espiritualidade e a fé.
A criação da Marcha para Jesus não foi a única medida de respeito à liberdade religiosa assinada por Lula. Em 2003, primeiro ano do seu primeiro mandato, ele sancionou a Lei 10.825 que reconheceu as organizações religiosas como instituições privadas, o que permitiu que as igrejas tivessem liberdade para organização, estruturação interna e funcionamento. A lei proibiu o Estado de efetuar qualquer intromissão. Foi nos governos petistas também que foram instituídos o Dia do Evangélico e do Dia Nacional da Proclamação do Evangelho.
Não à exploração política da fé
Como democrata e grande estadista que é, Lula tem se manifestado contrário à exploração política da fé. Recentemente, ele declarou que, assim como fez nas demais campanhas que disputou, ele não usará a religião como elemento de busca de voto e que trata todos os eleitores como cidadãos brasileiros, independentemente da religião. Para ele, quando alguém vai à igreja, vai tratar da fé e da espiritualidade, não discutir política ou para receber pressão de quem votar.
“Eu não participarei disso. Eu quero conversar com os eleitores brasileiros enquanto cidadãos brasileiros para discutir que tipo de país a gente quer construir. Não faz parte da minha cultura política estabelecer qualquer princípio de guerra santa na política. Se quero discutir política, discuto na rua com os partidos. Quando vou na igreja, quero discutir a questão da minha fé. Eu quero conversar com Deus, eu não quero discutir política”, enfatizou.