Em 5 de agosto o Brasil celebra o Dia Nacional da Saúde. Questão central para qualquer país, a atenção à saúde foi um dos pilares principais dos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT. Foram serviços como o Samu, programas como o Farmácia Popular e o Mais Médicos e a vacinação sempre foi tratada como prioridade: tanto é que o Brasil de Lula vacinou 88 milhões de pessoas contra o H1N1 em apenas 3 meses, sendo o país mais rápido do mundo no combate àquela epidemia. Sob o comando de Bolsonaro, mais de 550 mil famílias choram a perda de um ente querido para a covid-19, consequência direta da conduta negacionista do atual presidente do Brasil.
Bolsonaro se faz de garoto propaganda de remédios como cloroquina e ivermectina ao mesmo tempo em que nega a eficácia das vacinas e posterga a sua compra, mostrando não está preocupado com a saúde do povo.Desde o início da pandemia, Bolsonaro receitou pessoalmente a cloroquina para o tratamento da Covid-19, em mais de 23 discursos oficiais. O plano do governo era deixar o Brasil “forrado de cloroquina”, conforme declaração de Carlos Wizard, aliado do governo e integrante do gabinete paralelo da Covid. As consequências negativas foram imensas. Nas palavras da infectologista Natalia Pasternak: “no caso triste do Brasil, é uma mentira orquestrada pelo governo federal e pelo Ministério da Saúde. E essa mentira mata, porque ela leva pessoas a comportamentos irracionais que não baseados em ciência”. Depois de desperdiçar R$ 184 milhões com os medicamentos do kit covid, o governo de Bolsonaro foi obrigado a admitir a ineficácia dos medicamentos.
A situação de hoje em nada lembra aquela vivida nos governos de Lula e do PT. Os investimentos em ações e serviços públicos do setor cresceram 86% acima da inflação, passando dos R$ 64,8 bilhões investidos em 2003, no primeiro ano do governo Lula, para R$ 120,4 bilhões no último ano do governo Dilma.
Após o golpe, o que se viu foi a aprovação de um teto de gastos desumano, que faz o orçamento do Sistema Único de Saúde (SUS) diminuir ano a ano, até mesmo durante a pandemia. Tirar Dilma do Planalto foi a forma de tirar o pobre do orçamento. E na Saúde isso significou enfraquecer e, em alguns casos, acabar com programas que foram essenciais para aumentar o tempo e a qualidade de vida dos brasileiros.
Com mais recursos injetados no SUS, Lula e Dilma criaram políticas inovadoras, como o Programa Mais Médicos, a Farmácia Popular e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Sim, de tão presentes na vida dos brasileiros, algumas iniciativas parece que sempre existiram, mas são fruto do compromisso do PT com a Saúde.
O Samu foi criado por Lula em seu segundo ano na Presidência. De lá até 2016, 3.049 municípios de todos os estados brasileiros já haviam recebido 2.525 ambulâncias básicas, 583 UTIs móveis e 185 centrais de regulação, cobrindo nada menos que 75% da população brasileira. Após o golpe contra Dilma Rousseff, o programa teve sua expansão interrompida.
Já o Farmácia Popular marcou o primeiro ano do governo Dilma, com uma estratégia tão simples quanto eficaz. Como mais de 60% das mortes com causas conhecidas no país tinham relação com o diabetes e a pressão alta, o governo federal passou a financiar os medicamentos para tratar essas doenças. E as pessoas passaram a ter o direito de adquiri-los nas farmácias de graça. Em 2012, três medicamentos para asma, doença que mais provocava internação de crianças, foram incluídos. Em 2016, o total de beneficiados passava de 30 milhões. E o país ainda havia economizado, porque a distribuição de remédios reduziu o número de internações, que custava muito mais ao SUS. Em 2017, Temer extinguiu o programa.
Outro marco dos governo Lula e Dilma foi o Mais Médicos. Lançado em julho de 2013, ele resolveu um problema histórico no Brasil: a falta de doutores nas periferias das grandes cidades e no interior do país. O programa contratou 18.240 profissionais, que atenderam 63 milhões de brasileiras e brasileiros. Um dado mostra o quanto a iniciativa era necessária: em 2016, quase metade dos municípios brasileiros só tinham médicos contratados pelo programa, que, mesmo assim, foi alvo de desmonte até ser extinto por Jair Bolsonaro.
Os investimentos crescentes em Saúde permitiram ainda aumentar a cobertura das equipes do Saúde da Família de 32% para 61% da população; construir 4,2 mil Unidas Básicas de Saúde (UBS) e ampliar ou reformar outras 11,4 mil; levar tratamento dentário a 83 milhões de pessoas por meio do Brasil Sorridente; criar 449 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs); e fazer a taxa de mortalidade infantil, que, em 2010, era de 17,2%, cair para 13,3%, em 2016.
Todos esses números mostram que é possível construir um sistema de saúde público de qualidade no Brasil. E revelam a importância de se defender o SUS e lutar contra o desmonte e o processo de privatização que Bolsonaro coloca em prática. Defender o SUS é defender nossas próprias vidas.