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“Economia” da propaganda de Bolsonaro não chegou ao bolso da gente, e alimentos continuam caros

Na propaganda eleitoral na TV, parece até que Bolsonaro está falando de outro país. A campanha do atual presidente, quando não está mentindo, se apropriando de obras dos governos do PT ou espalhando ódio, comemora feitos que só eles e os amigos ricos perceberam. Um exemplo é o governo ter zerado os impostos sobre jet skis, ou os índices da deflação. Só que essa alegria expressada pelo presidente com a “economia” que ele mostra na propaganda não chegou ao bolso dos brasileiros.

A deflação é quando o preço de produtos e serviços cai ao longo de um período de tempo. O Brasil registrou deflação pelo terceiro mês consecutivo: em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficou em -0,29%, conforme divulgado na terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mesmo assim, os alimentos continuam caros. É o grupo onde a deflação menos tem tido efeito, ao menos no que importa, que é no bolso das pessoas. Em setembro, o preço dos alimentos até recuou, mas estava num patamar tão alto que continua impagável. O leite, por exemplo, caiu 13%. Mas no acumulado dos últimos 12 meses, a alta é de quase 37%. O preço da cebola subiu 127%; o do café, 37%; e o da farinha de trigo, 35%.

Quando se considera o resultado acumulado em 12 meses, as famílias mais pobres permanecem como as mais penalizadas com a inflação.

Não é à toa que o endividamento cresceu tanto, a ponto de atingir quase 80% das famílias, um novo recorde.

E por que os alimentos ficaram tão caros? Por culpa do Bolsonaro, que destruiu os estoques reguladores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o que dificulta o controle dos preços dos alimentos. Em 2019, Bolsonaro fechou 27 unidades armazenadoras da Conab. Esses estoques de alimentos são, em linhas gerais, uma maneira de o Estado proteger agricultores e consumidores dos riscos inerentes da atividade agrícola, como chuvas, seca e etc.

“Economia” da propaganda de Bolsonaro é fake

O marco de três meses em deflação aconteceu por conta da queda do preço dos combustíveis, especialmente a gasolina. Há algum tempo, Jair Bolsonaro fugia de qualquer responsabilidade quando confrontado com a realidade de que o alto preço dos combustíveis no Brasil é culpa dele.

Até março, Jair dizia que não tem controle sobre o preço de combustíveis na Petrobras. Foi só as eleições se aproximarem que ele resolveu se mexer. Foi quando o Congresso limitou o teto do ICMS sobre os produtos em 17%, forçando uma redução do valor final.

Só que não é assim que se constrói política. E, como o próprio Bolsonaro diz, e nisso não mente, ele não entende nada de economia. Nem ele, nem sua equipe de governo, como dá pra medir na vida e no bolso da gente.

A questão é como a redução foi feita, pela limitação do teto do ICMS, e o que isso tem a ver com a dolarização. A culpa pelo valor alto da gasolina era a dolarização dos preços dos combustíveis, delimitada pela PPI (política de paridade internacional). A dolarização não faz sentido nenhum em um país como o Brasil, autossuficiente em petróleo. Seu salário é em dólar? Não, né? Pois então, por que o preço da gasolina que você paga é em dólar?

Justamente por isso, especialistas alertam que o brasileiro pode preparar o bolso a partir deste mês, porque os preços devem voltar a subir de forma generalizada, talvez já no final de outubro, incluindo a gasolina — caso a Petrobras volte a seguir a sua política de paridade de preços internacionais (PPI), que, curiosamente, está paralisada diante da aproximação do pleito eleitoral.

Com a palavra, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: “Ao mexer no ICMS, os municípios vão perder dinheiro e, com isso, a Educação vai perder dinheiro, a Saúde vai perder dinheiro. Quando diz que vai fazer a compensação, depois de dezembro quero saber quem vai arcar com a falta de arrecadação dos municípios, porque é onde o povo mora, quer educação, quer saúde, quer tranquilidade, rua asfaltada, segurança, luz elétrica é lá que acontecem as coisas. E esses municípios vão ser mais empobrecidos”.

“Todos os presidentes da República deste país, civis e militares, brigaram para que o Brasil fosse autossuficiente em petróleo. Na hora que a gente conquista a autossuficiência, ao invés da gente ser soberano com nosso petróleo, ao invés da gente refinar 100% do nosso combustível e vender a preço de real, preço abrasileirado, porque a produção é em real, a gente se subordina às empresas que estão importando gasolina. O presidente, que deveria chamar o Conselho de Política Energética e dar uma canetada, ele fica trocando de presidente da Petrobras para dizer que está tomando atitude.”  — Lula

Outro elemento que ajuda a entender que, no quesito economia, não tem comparação entre Lula e Bolsonaro. O Banco Central já admitiu oficialmente que a meta de inflação será descumprida pelo segundo ano seguido. Em 2021, a inflação fechou em 10,06%, bem acima do teto da meta (5,25%), representando o maior aumento desde 2015.

Enquanto isso, em 13 anos de governos do PT, a meta de inflação foi cumprida em 12 deles. Isso só não aconteceu em 2015 por conta do golpe que tirou do poder a presidenta Dilma Rousseff, quando a desvalorização cambial e a alta de preços administrados (em especial, energia e combustíveis) resultaram em elevação de preços de caráter temporário, dissipada já em 2016.

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