Em BH, Lula defende estatais e ministério para indígenas

Em discurso na Praça da Estação, ex-presidente disse que criará ministério dos povos originários e que os bancos públicos investirão no desenvolvimento do país

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Trajando a clássica jaqueta que um dia ganhou de Evo Morales, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta quinta-feira (18/08), durante comício na Praça da Estação, em Belo Horizonte, que não haverá mais grilagem e garimpo em território indígena.


“Eu estou voltando para provar pra eles que esse país tem jeito, que um trabalhador metalúrgico vai, junto com o povo brasileiro, recuperar a nossa dignidade. A gente vai dizer para eles: não vai ter mais garimpo ilegal em território indígena. E vou dizer mais, se preparem indígenas do Brasil, porque eu vou criar o ministério dos povos originários e um indígena ou uma indígena será ministra desse país. Se preparem porque a FUNAI não será mais dirigida por um branco dos olhos verdes. Será dirigida ou por uma mulher ou por um homem indígena. Se preparem, que a gente vai reconstruir o Ministério da Igualdade Racial”, disse.


Lula reforçou ainda que não permitirá a privatização da Petrobras e nem de órgãos-chave da Administração Pública, como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, o BNDS e os Correios. “Esses bancos públicos estarão a serviço do desenvolvimento desse país. Um governante não tem que ser arrogante, pedante, metido a besta, tem que ser um companheiro, um amigo de 215 milhões de brasileiros. É por isso, companheiros e companheiras, que eu estou voltando”.

Segundo organizadores, o evento reuniu mais de 100 mil pessoas na Praça da Estação. O ato teve a presença do candidato à vice, Geraldo Alckmin (PSB), do candidato ao governo de Minas Gerais, Alexandre Kalil (PSD), e do candidato ao Senado pelo estado, Alexandre Silveira, além de lideranças locais.