O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta terça-feira, 12, do ato Vamos Juntos pelo DF e pelo Brasil, e destacou em seu discurso que o país precisa ser reconstruído nos próximos anos por meio da generosidade e de um governo que se preocupe com as pessoas. O evento aconteceu no auditório Ulysses Guimarães, em Brasília (DF).
O Brasil precisa voltar a ser um país generoso. Nós não precisamos brigar. A nossa arma é a nossa tranquilidade, o amor que temos dentro de nós, nossa arma é a sede que nós temos de melhorar a vida do povo brasileiro.
Lula
Lula lembrou que, em todas as campanhas das quais participou, como candidato ou como líder político, de 1982 quando foi candidato ao governo do estado de São Paulo, até a eleição de 2014, quando a ex-presidenta Dilma Rousseff foi reeleita, sempre incentivou a paz, mesmo quando perdia.
“Quero dar uma dica para vocês: daqui para frente quem puder participar de uma reunião com um livro na mão, é a resposta que a gente pode dar a um presidente que está incentivando as pessoas a comprar armas”, pediu.
O ex-governador de São Paulo e pré-candidato a vice-presidente pelo Movimento Vamos Juntos pelo Brasil, Geraldo Alckmin, participou do ato ao lado de Lula e destacou a memória do deputado federal Ulysses Guimarães, presidente da Assembleia Constituinte de 1988, que dá nome ao espaço onde ocorreu o evento.
“O Brasil precisa mudar, não é possível continuar esse estado de coisas. Nesse centro de convenções que tem o nome de um grande democrata, quero lembrar o doutor Ulysses, que dizia que a nação quer mudar, a nação deve mudar, a nação vai mudar”, declarou.
Homenagens
Na abertura do evento, a presidenta nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, prestou uma homenagem ao guarda municipal Marcelo Arruda, tesoureiro do diretório do partido em Foz do Iguaçu, morto no último domingo.
“Vamos dedicar esse ato, essa força, ao nosso companheiro Marcelo. Quero lembrar de Marielle Pereira, de Anderson Gomes, de Moa do Katendê, de Bruno Pereira, de Dom Phillips. Eles lutavam pelo amor do Brasil, pelo bem do povo brasileiro. Não vamos abaixar a cabeça e não vamos nos dobrar ao ódio”, declarou.
Representando a Rede, um dos partidos que compõem o Movimento Vamos Juntos Pelo Brasil juntamente com PT, PCdoB, PV, PSB, Psol e Solidariedade, o senador Randolfe Rodrigues lembrou que a polarização em outros processos eleitorais ocorria em ambientes com mais civilidade.
“Vamos deixar claro o que era polarização. Ocorreu após a Constituição de 1988 quando as disputas políticas tinham dois lados que respeitavam a democracia. Ocorreu em 2006, quando Alckmin disputou a presidência com o presidente Lula. Os dois disputaram, um saiu vitorioso e eu lembro a declaração do governador naquele dia: na democracia um ganha para governar, outro perde para fazer oposição”, declarou o senador.
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse que o momento é de “nos reencontrar com o Brasil e com a democracia brasileira”. E pediu: “temos que lutar, não podemos recuar, nós que queremos o desenvolvimento do Brasil e a justiça social”.
Por sua vez, o presidente nacional do Psol, Juliano Medeiros, exaltou a união das legendas que formam o movimento. “Nesse momento. estamos dando uma demonstração de confiança no país. Não é fácil unir 7 partidos. É um gesto de grandeza de quem deixou momentaneamente seus projetos de lado para colocar o projeto do Brasil em primeiro plano.”
Mais declarações:
O Brasil precisa voltar a ser um país generoso. Voltar a ter política de saúde para os povos indígenas. Aprender que a questão climática é séria e que a Amazônia é um patrimônio nosso para ficar de pé.
— Lula (@LulaOficial) July 12, 2022
Como é possível alguém querer guardar sigilo do ministro Pazuello por 100 anos? Um cara que atrasou a compra da vacina, que desrespeitou a ciência. Ele não respeita ninguém.
— Lula (@LulaOficial) July 12, 2022
Nosso país não tem inimigos em lugar nenhum do planeta. Eu me dava bem com Estados Unidos, China e Venezuela. Bolsonaro não se afastou só de outros países, se afastou do Planeta Terra.
— Lula (@LulaOficial) July 12, 2022
Eu já disputei muitas eleições e nunca deixei de cumprimentar um adversário antes, durante e depois das eleições. Nunca cultuei fazer inimigos.
— Lula (@LulaOficial) July 12, 2022
Hoje eu estou mais exigente e mais experiente também. Sei que vamos pegar o país pior do que pegamos do FHC, mas eu sou predestinado a enfrentar desafios. E quero que a sociedade saiba que quero voltar a ser presidente.
— Lula (@LulaOficial) July 12, 2022
Agora eu não quero só que as pessoas tomem café, almocem e jantem. Eu quero também que as pessoas tenham emprego, acesso ao lazer. Que os aeroportos virem rodoviária, cheios de pobres andando.
— Lula (@LulaOficial) July 12, 2022
Não quero ninguém brigando, aceitando provocação. E é isso que nós temos que fazer nos próximos três meses. Vamos encher as ruas, conversar com as pessoas. Nós não precisamos brigar, a nossa arma é a tranquilidade, o amor e a sede que temos de melhorar a vida do povo brasileiro.
— Lula (@LulaOficial) July 12, 2022
O Brasil precisa voltar a ser um país generoso. Voltar a ter política de saúde para os povos indígenas. Aprender que a questão climática é séria e que a Amazônia é um patrimônio nosso para ficar de pé.
— Lula (@LulaOficial) July 12, 2022
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