Em entrevista, Alckmin defende crescimento com inclusão, estabilidade e sustentabilidade

Ex-governador disse que o Brasil precisa crescer, fazendo com que a vida dos mais pobres melhore: “O pobre precisa crescer junto”

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Alckmin concede entrevista à rádio Capital de Cuiabá

Em entrevista à rádio Capital, de Cuiabá (MT), na manhã desta segunda-feira (19/09), o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, da Coligação Brasil da Esperança, comentou a conjuntura do Brasil, com desemprego, fome e salário mínimo desvalorizado e defendeu crescimento com inclusão e cuidado com que os que têm menos.

“Eu defendo o crescimento inclusivo. O Brasil precisa crescer, mas o mais pobre precisa crescer junto. Tem que melhorar a vida dele”, afirmou, criticando especificamente a extinção dos subsídios do governo para que as pessoas mais pobres tenham acesso a moradia. “O Minha Casa Minha Vida faixa um acabou. É aquele trabalhador de menor renda que precisa ter subsídio do governo. Extinguiram a faixa um, as pessoas vão para debaixo do viaduto”, disse, ressaltando ainda a importância de programas como esse para a criação de empregos.

Alckmin afirmou que além de crescimento com inclusão, esse processo precisa se dar num contexto de estabilidade, com inflação sob controle, e sustentabilidade, cuidando do meio ambiente. “A inflação não é neutra socialmente”, explicou. Ele defendeu também agenda de competitividade, com simplificação tributária, acordos internacionais, melhoria na educação e recuperação do SUS.

O ex-governador voltou a dizer que a união dele com o ex-presidente Lula foi em função do momento de grande dificuldade pela qual o Brasil passa, com retrocessos na educação, na saúde e no meio ambiente, além da postura negacionista do atual presidente. Segundo ele, é importante todo mundo se unir para “salvar democracia, recuperar economia e recuperar o social.”

Alckmin lembrou que, nos governos de Lula, o salário mínimo teve valorização de mais de 70%, a inflação ficou sob controle e economia cresceu em média 4% ao ano, com pico de 7,5%, em 2010. Além disso, contou, o Brasil saiu do Mapa da Fome em 2014 e conseguiu reduzir a dívida de 60% para 39% do PIB.