Em Garanhuns, Lula lembra legado e diz ser possível construir o Brasil dos sonhos

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Em ato público em Garanhuns, no agreste pernambucano, no começo da tarde de hoje (20), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou seu apoio a Danilo Cabral, candidato do PSB ao governo do estado – em chapa com Luciana Santos (PCdoB) como vice e Teresa Leitão (PT) concorrendo ao Senado -, e disse ser possível construir o país de oportunidades que as pessoas sonham.

“Eu quero que vocês voltem para casa pensando que esse Brasil que vocês querem para vocês, para a família de vocês é um país que a gente pode construir, é um país que nós já construímos”, disse, lembrando a construção de mais de 1,4 milhões de cisternas no país, a retirada de 33 milhões de pessoas da pobreza, a geração de 22 milhões de empregos, o aumento de 74% do salário mínimo, além da criação de universidades e institutos federais, o programa Minha Casa Minha Vida e políticas voltadas especificamente para o Nordeste, como a Transposição do São Francisco.

O ex-presidente repetiu que justiça social e bem-estar, com as pessoas vivendo bem, ganhando e se vestindo bem, com trabalho, casa e bom salário, são também direitos previstos na Constituição do Brasil, na Declaração Universal dos Direitos Humanos e na Bíblia. “Cristo é que dizia isso para nós, e é por isso que mataram ele. É por isso que levaram ele para a cruz e o crucificaram, porque ele queria que o pobre deixasse de ser pobre, ele queria que o pobre fosse respeitado”, afirmou.

Lula se definiu como um homem sonhador, movido a causas, apaixonado pela esposa Janja, pelo povo brasileiro e pelo Brasil e lembrou que, ao ser eleito presidente pela primeira vez, em 2002, tomou a decisão de não esquecer de que lado estava e quem representava. “Eu sou um sonhador. E, quando ganhei a presidência, queria provar que era possível transformar nosso sonho em realidade”, disse, defendendo um Brasil soberano onde as pessoas tenham direito a emprego, comida, educação e cidadania.

Junto pelo Brasil e Pernambuco

O sonho de reconstrução do Brasil, com inclusão social, combate à fome, geração de emprego e democracia esteve no discurso de todos os presentes. O governador Paulo Câmara afirmou que a visita de Lula simboliza a desejada unidade de Pernambuco e do Brasil.

Danilo Cabral, pré-candidato ao governo de Pernambuco, destacou que a democracia no país está em risco e que é preciso devolver o Brasil aos brasileiros para que todos tenham mais cidadania, mais saúde e mais proteção social. “Queremos esse Brasil mais cidadão, mais sustentável e mais democrático.”

Luciana Santos, cujo nome foi oficializado durante o ato como pré-candidata a vice-governadora, cargo que já ocupa hoje, mencionou o legado dos governos Lula, lamentou os retrocessos do atual governo e a crise que o país enfrenta com carestia e fome e disse que o lado bom do Brasil é o da “democracia, dos direitos do povo e do interesse nacional”.

Teresa Leitão afirmou que as eleições deste ano vão virar a página do obscurantismo, da violência, da fome e da miséria, e vão devolver o Brasil aos brasileiros. “É disso que se trata, e, para defender isso, é preciso ter lado, é preciso ter projeto, é preciso pensar coletivo”, afirmou.

Durante o ato, Lula recebeu do deputado Doriel Barros, presidente do PT em Pernambuco, uma maquete da réplica da casa em que ele viveu até os sete anos, em Caetés, município que à época era distrito de Garanhuns. Antes do evento, Lula visitou a réplica da chamada Casa de Dona Lindu, em homenagem à mãe. Ele encontrou familiares que ainda moram na região e plantou um pé de mulungu, árvore que faz parte das memórias de infância.

O ex-presidente também recebeu de representantes de diferentes etnias indígenas um documento com demandas para um eventual governo e um ritual de bênção para trazer boa sorte na disputa eleitoral.

Outras declarações:

Assista na íntegra: