O embaixador do Quênia em Brasília, Peter Kirimi, reuniu-se na última sexta-feira (6) com o diretor para a África do Instituto Lula, Celso Marcondes, em São Paulo.
No encontro, o embaixador ressaltou a necessidade de seu país intensificar as relações comerciais e de cooperação com o Brasil. Kirimi contou que nos últimos anos cresceu muito a quantidade de empresários e empreendedores brasileiros que iniciaram investimentos no leste da África, sobretudo em seu país. Ele disse que muitos produtos brasileiros, como ferramentas e utensílios, já são encontrados nas lojas do país e que diferentes investimentos agrícolas começam a se concretizar.
Ele informou que no próximo mês de junho deve acontecer em Nairobi, a capital do país, a terceira edição de uma feira de negócios entre o Brasil e os países do leste africano e que seu governo ficaria muito contente com a presença do ex-presidente Lula ao evento.
Kirimi lembrou também que o Quênia é o principal comprador africano de jatos fabricados pela Embraer e é parceiro do Brasil no Programa Mais Alimentos Internacional. Por este programa de cooperação, o Brasil financia tratores, máquinas e utensílios agrícolas em condições especiais de pagamento para cinco países africanos e para Cuba. O programa todo está avaliado em R$ 1,2 bilhão e deve garantir a venda de 2.251 tratores fabricados no Brasil para os seis países. O embaixador lamentou apenas a demora do Brasil para efetuar a liberação do acordo com seu país. Segundo ele, seu governo já cumpriu com os trâmites necessários, mas o processo repousa há meses em uma comissão do Congresso brasileiro.
Depois de relacionar todos os avanços possíveis que podem ser explorados entre os dois países, o embaixador Kirimi informou que o presidente Uhuru Kenyatta deve vir ao Brasil no mês de maio para se encontrar com a presidenta Dilma Rousseff. Ele destacou que o presidente queniano aguarda com muita ansiedade a definição da data pelo governo brasileiro, pois acredita que muitas oportunidades disponíveis para os dois países hoje podem ser desperdiçadas sem um acordo rápido entre as partes.
Ao falar pelo Instituto Lula, Marcondes deixou claro ao embaixador que o Quênia é identificado como um dos países africanos que mais tem crescido nos últimos anos e desenvolvido importantes programas de inclusão social. Enalteceu também a disposição dos governantes quenianos em fortalecer sua jovem democracia e impedir os avanços do terrorismo em seu território.
