“Houve um tempo que por onde a pessoa nascia você sabia se ela ia fazer faculdade ou só completar o quarto ano primário.” – Lula
A Bahia tinha uma universidade federal antes do governo Lula. Agora são 6. A Bahia tinha 2 campi de universidades federais. Hoje tem 22 campi espalhados pelo estado. O avanço para o interior das universidades públicas levou “fábricas de sonho” e oportunidades antes inimagináveis para jovens de famílias pobres e do interior. Entre 2003 e 2014, o número de estudantes em universidades no Brasil saltou de cerca de 3,5 milhões para mais de 7 milhões.
No segundo dia da Caravana “Lula Pelo Brasil”, o ex-presidente visitou duas dessas novas universidades – a Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), em Cruz das Almas, e a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), em São Francisco do Conde. Em Cruz das Almas, Lula seria homenageado. Em São Francisco do Conde, Lula prestou uma homenagem aos formandos.
Lula fundou a UFRB em março de 2006. A universidade decidiu conceder ao seu fundador o título de Doutor Honoris Causa. Lula tem 3 dezenas de títulos como esse de universidades como a Science Po, de Paris, a Universidade de Coimbra, em Portugal, e Salamanca, na Espanha. Mas um juiz federal de primeira instância, desrespeitando a autonomia universitária, decidiu, com base em uma ação de um vereador do DEM, proibir a universidade de conceder a honraria.
Não teve problema. Lula esteve na universidade, onde recebeu uma homenagem da comunidade acadêmica, e se encontrou com a população na rua em frente ao campus. “Cada menino negro da Bahia que recebeu o seu diploma é o meu título de Honoris Causa”.
O prefeito Orlandinho, de Cruz das Almas, contou que a universidade foi uma revolução no município, que hoje tem um dos melhores índices de desenvolvimento humano da Bahia.
No palco do Festival da Juventude, Lula conheceu a história de Chirlene Oliveira de Jesus Pereira, 27 anos, quilombola, primeira da sua família a fazer universidade, e hoje doutoranda. E conheceu o pequeno Luiz Inácio Magalhães, de dois anos, homônimo em homenagem ao ex-presidente.
Já à noite, Lula foi patrono da turma de Humanidades da Unilab, criada em 2010. Foram 68 formandos do Brasil e da África de Língua Portuguesa que completaram seu curso e receberam seus diplomas do ex-presidente Lula, muitos deles os primeiros formados das suas famílias.
A cerimônia não deixou de ter protestos pelas dificuldades vividas pela universidade com os cortes do governo Michel Temer, que abandonou a educação como prioridade, assim como abandonou a ampliação das relações entre Brasil e África. Mas não foi uma noite de lamentos. Foi de festa, pela superação das dificuldades e de receber do presidente que mais criou universidades na história do Brasil, o diploma que ele, justamente por não ter, sabe o valor que tem para cada mãe, cada pai e estudante.
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