Enquanto brasileiro trabalha 44h por semana, expediente de Bolsonaro é de 3h por dia

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Quem acompanha a agenda do presidente com mais atenção já deve ter percebido que ele não é muito fã do trabalho. A folga é tão evidente que a coluna do Ancelmo, d’O Globo, calculou o tempo de trabalho de Bolsonaro ao longo de todo o mês de janeiro e chegou à incrível média de 3h10 diárias, a partir dos compromissos oficiais que constam na agenda oficial.

Nos 21 dias úteis de Janeiro, ele trabalhou 8h em apenas duas datas: 20 e 31. Vale lembrar que ele declarou no ano passado que a vida de presidente é um inferno porque “é um tempo que você vai passar trabalhando, obviamente, para o próximo”. E nem isso ele faz.

Não custa lembrar que a média de horas trabalhadas pelo brasileiro em regime de CLT é de oito horas diárias e 44 semanais.

O valor por hora de trabalho de Bolsonaro é de R$ 625,56, enquanto o valor por hora de um trabalhador CLT que ganha um salário mínimo é de R$ 5,50.

Além disso, tem muita gente que queria trabalhar mas não pode, já que o desemprego continua atingindo quase 14 milhões de brasileiros, a quarta maior do mundo. Eles trabalham zero hora remuneradas por semana não por preguiça, mas porque não têm opção.

O desespero faz com que muitos recorram aos empregos “autônomo”, sem direitos trabalhistas de qualquer espécie, como motoristas e entregadoresde aplicativos, cada vez mais em alta no Brasil. Trabalhadores por conta própria chegam a trabalhar mais de 12 horas por dia, contabilizando mais de 60 horas por semana.

E a situação do brasileiro é ainda pior quando pensamento que a inflação galopante aumentou o preço de tudo o que é necessário para sobreviver. Então, mesmo trabalhando muitas horas por semana, horas roubadas do lazer e do convívio familiar, as contas não fecham no final do mês. Enquanto isso, o Bolsonaro gasta R$ 30 milhões no cartão corporativo. O presidente mostra, a cada dia, que vive em um descolamento da realidade e não liga para o sofrimento do povo brasileiro.