O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje que o Brasil tenha uma legislação que garanta os direitos dos trabalhadores e que crie um ambiente fértil ao empreendedorismo, para apoiar aqueles que queiram montar seus próprios negócios e evitar que jovens, sem perspectivas por causa da situação desoladora, saiam do país.
“Precisamos também criar um ambiente fértil ao empreendedorismo, para que possam florescer o talento e a criatividade do povo brasileiro. Este país precisa voltar a criar oportunidades, para que as pessoas possam viver bem, melhorar de vida e tornar seus sonhos realidade”, afirmou.
No discurso de lançamento do Movimento “Vamos juntos pelo Brasil”, Lula afirmou que não haverá soberania enquanto dezenas de milhões de trabalhadores continuarem submetidos ao desemprego, à precarização e ao desalento.
“Nós fomos capazes de gerar mais de 20 milhões de empregos com carteira assinada e todos os direitos garantidos, enquanto eles destruíram direitos trabalhistas e geraram mais desemprego”, afirmou.
De acordo com ele, é preciso avançar numa legislação que garanta os direitos dos trabalhadores, estimule a negociação civilizada entre patrão e empregado e contribua para a geração de empregos para fazer a economia girar.
“É preciso avançar numa legislação que garanta os direitos dos trabalhadores, que estimule a negociação em bases civilizadas e justas entre patrões e empregados e que contribua para criar melhores empregos, e faça girar a roda da economia”.
Lula voltou a reclamar do fato de hoje os reajustes salariais não recuperarem as perdas com a inflação, o que faz com que o trabalhador perda poder de compra e fique mais pobre.
“Não é possível que o reajuste da maioria das categorias profissionais fique abaixo da inflação, ao contrário do que acontecia em nossos governos. Não é possível que o salário mínimo continue perdendo poder de compra ano após ano. Nos nossos governos ele subiu 74% acima da inflação, aumentando o consumo e aquecendo a economia”, declarou, acrescentando que, se os trabalhadores não tiverem dinheiro para comprar, os empresários não terão para quem vender. “Isso leva ao que assistimos hoje: o fechamento de fábricas em São Paulo, na Bahia, na Zona Franca de Manaus e outras regiões, e multinacionais deixando o Brasil”.