Nesta segunda-feira (6), um novo financiamento de cooperação regional da União Europeia foi assinado com os representantes das organizações regionais da África Ocidental. O Programa Indicativo Regional, com vigência até 2020, tem orçamento de 1,15 bilhão de euros. O acordo anterior (de 2008 a 2013) havia sido orçado em 595 milhões de euros.
Em comunicado à imprensa, o Comissário Europeu para a Cooperação Internacional e o Desenvolvimento, Neven Mimica, disse que a integração regional na África Ocidental tem dado bons frutos e que o novo contrato seria o ponto de partida para a preparação de novos objetivos, com projetos concretos para a região.
O acordo foi assinado pelo presidente Kadré Désiré Ouedraogo, da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao), e pelo presidente Cheikhe Hadjibou Soumaré, da União Econômica e Monetária do Oeste Africano (Uemoa). Entre os 16 países beneficiários estão Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Senegal e Guiné-Bissau.
O programa abrange três áreas de cooperação: segurança, com financiamento para iniciativas de paz e segurança; integração econômica regional e comércio, para fortalecer o comércio e o desenvolvimento sustentável dos recursos naturais, que inclui o apoio à segurança alimentar e nutrição.
No mês de março, outro acordo destinado à região foi assinado. Na ocasião, a Guiné-Bissau convocou a comunidade internacional para a Mesa Redonda de Bruxelas com o propósito de arrecadar 400 milhões de euros de ajuda para projetos de desenvolvimento no país, mas acabou somando 1 bilhão de euros. Esse suporte para o desenvolvimento chamado Terra Ranka que, em crioulo, significa um novo começo, não será em dinheiro, tampouco se converterá em empréstimos de altos juros. Eles chegarão ao país em formato de projetos e programas e beneficiarão os vizinhos como Senegal, Guiné-Conacri e Gana.
