Ex-cozinheira virou empresária e formou quatro filhas graças a políticas criadas por Lula

Em encontro com representantes da cultura de Pernambuco no fim da manhã de hoje, 21, um discurso de uma empresária que não é do setor e que não estava no roteiro do evento chamou atenção e emocionou a todos.

Da plateia, Rosa Maria, 57, contou como as políticas de inclusão social dos governos Lula foram fundamentais para que suas quatro filhas, que estudaram toda a vida em escolas públicas, conseguissem o diploma universitário, sem que ela tivesse que pagar por isso, graças ao Enem e ao Prouni.

“Eu dizia assim, minha filha não vai para universidade federal porque só tem rico. Ela estudou em escola pública, ela vai ter condição?  Esse homem aqui vai e inventa o Enem, minha gente. E o Enem fez com que minhas quatro filhas entrassem na faculdade, sem eu pagar um real. Eu tenho quatro filhas, não foi porque Lula me deu dinheiro, não, mas ele me deu condições de formar minhas filhas”, contou.

A ex-cozinheira, mãe de uma psicóloga, uma pedagoga, uma bióloga e uma administradora, que está concluindo a segunda graduação em engenharia de pesca na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), é ela própria um grande exemplo de superação.

Quando Lula iniciou o primeiro mandato, em 2003, Rosa Maria, moradora de Olinda, trabalhava como cozinheira em um hotel e complementava a renda vendendo feijão verde, manga, macaxeira e caju, no Mercado São José, em Recife.

De tanto ouvir o ex-presidente falar que todo mundo poderia ter oportunidades e, se quisesse, virar empresário, ela acreditou, abriu um CNPJ e conseguiu uma barraca para vender os itens que antes transportava num cesto na cabeça.

O passo seguinte foi assumir a administração do restaurante onde trabalhava como cozinheira, até, por fim, arrendar o hotel onde começou a trabalhar como cozinheira.

Construído em 1928, o Hotel Central, no centro de Recife, é um dos mais antigos da capital pernambucana e é vizinho do Teatro do Parque, onde aconteceu hoje o encontro de Lula com a Cultura.

“Lula me fez empresária. Eu era cozinheira”, destaca a pernambucana, que encontrou Lula hoje pela primeira vez, contou um pouco da sua história na chegada dele ao teatro e emocionou a todos, numa fala improvisada, mas com força e representativa do sentimento de gratidão que tantas pessoas com história semelhante tem pelo ex-presidente.

Hoje Rosa emprega 24 pessoas, sendo 23 mulheres, a maioria jovens ou em faixa etária com maior dificuldade de inserção no mercado de trabalho.

“E, hoje, Lula, eu arrendei esse hotel, ele é aqui, eu dou emprego a 23 mulheres, eu dou o primeiro emprego à menina de 18 anos que nunca teve oportunidade na vida e que mandou eu lhe agradecer, lhe dar um abraço, e está todo mundo lá, vibrando,  porque eu vim aqui, lhe dei um abraço. E eu tenho fé em Deus que muito vendedor de macaxeira e de feijão-verde ainda vai ser empresário nesse país, ganhar dinheiro, sustentar sua família e ter emprego para todo mundo, que é isso que a gente precisa”, disse a empresária, finalizando a fala agradecendo o ex-presidente “Obrigada, Lula, que Deus te abençoe, te dê saúde, fé e paz”.

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