Expectativa de vida do brasileiro cai 4,4 anos por causa de má gestão da pandemia

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Em meio ao aumento diário das mortes provocadas pelo coronavírus – já são 645 mil-, o Brasil tem que lidar com mais uma triste notícia relacionada à Covid-19 e à péssima gestão da doença pelo governo Bolsonaro. Por causa do aumento da mortalidade decorrente da pandemia, a expectativa de vida do brasileiro caiu 4,4 anos e adiantou em dez anos a desaceleração do crescimento da mão de obra.  

As informações são da pesquisadora Ana Amélia Camarano, coordenadora de Estudos e Pesquisas de Igualdade de Gênero, Raça e Gerações, da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais (Disoc), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), como informa reportagem desta segunda, 21, do Valor Econômico.

De acordo com a reportagem, em 2019 a expectativa de vida do brasileiro era de 76,6 anos e hoje é de 72,2 anos. A pesquisadora do Ipea diz à reportagem que perder 4,4 anos em 22 meses é muita coisa.  De acordo com ela, significa uma perda de vida de 0,36 ano ou quatro meses em cada mês.  A dimensão da perda é ainda maior quando se considera que, entre 1980 e 2019, ganhou-se quatro meses por ano de expectativa de vida.

Ver o efeito da mortalidade decorrente da pandemia no encolhimento da expectativa de vida do brasileiro é ainda mais cruel quando sabemos que ao menos metade das mortes poderiam ser evitadas se o governo tivesse tratado a pandemia com seriedade. Em vez disso, ele preferiu se render e estimular o negacionismo. Ignorou a doença, demorou a comprar vacinas e estimulou tratamentos ineficazes, respaldando medicamentos incapazes de combater e tratar o vírus.