Forças Armadas têm função nobre de garantir a soberania do país, diz Lula

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“Quem deve se preocupar com urna eletrônica é a Justiça Eleitoral e a sociedade civil”

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que as Forças Armadas têm a função nobre de garantir a soberania do país, cuidar da segurança do povo, das fronteiras, do espaço aéreo e das riquezas do Brasil, e não devem se preocupar com urna eletrônica.

“Eu acho que as Forças Armadas têm uma função muito nobre que é a função de garantir a soberania desse país. As forças Armadas têm que cuidar da segurança do nosso povo. Ela tem que cuidar da nossa fronteira seca, da nossa fronteira marítima, do nosso espaço aéreo. Ele tem que ajudar a sociedade a cuidar das nossas riquezas minerais, das nossas florestas, das nossas águas”, disse, em entrevista ao vivo à Rádio Metrópole, de Salvador (BA).

De acordo com o ex-presidente, cuidar de urna eletrônica é dever da Justiça Eleitoral e da sociedade civil. “O papel das Forças Armadas não é cuidar de urna eletrônica. Quem tem que cuidar de urna eletrônica é a justiça eleitoral, quem tem que fiscalizar é a sociedade civil e quem tem que fazer as mudanças é o Congresso Nacional”.

Lula fez o comentário em resposta a pergunta sobre declarações de Jair Bolsonaro tentando desacreditar o sistema do voto eletrônico. Para ele, o atual presidente quer criar confusão e fazer o mesmo que o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump fez, de tentar levantar suspeitas sobre o resultado.

“Esse cidadão que não acredita em urna eletrônica foi eleito deputado pelo voto eletrônico, foi eleito presidente pelo voto eletrônico. Não tem um prefeito questionando, não tem um governador questionando, não tem um deputado. Só ele. O que ele quer, na verdade? Ele quer criar confusão. Ele quer fazer a mesma coisa que o Trump fez nos Estados Unidos”, disse, acrescentando que uma mentira contada muitas vezes pode ter a cara de verdade. “Ele quer levantar a suspeita de que ele vai ser roubado. Roubar, ele roubou em 2018, com a fake news, sendo eleito contando mentiras. A sociedade não pode aceitar”.

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