Gás de cozinha: uma comparação de preços

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A política econômica do desgoverno Bolsonaro, conduzida por Paulo Guedes, corrói ano a ano o rendimento dos trabalhadores brasileiros. Com o segundo menor salário mínimo entre os países da OCDE, o poder de compra do brasileiro foi drasticamente afetado. Hoje, o gás de cozinha, um dos itens indispensáveis nas casas do brasileiro, corrói 11% do salário-mínimo do trabalhador.

Segundo informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, em comparação com 2020, houve queda de 11,4% na renda média real dos brasileiros. Empregados com carteira de trabalho assinada viram a renda real cair 4,0%, uma redução de R$ 97; empregados sem carteira de trabalho assinada viram o rendimento encolher 6,8%, ou R$ 111.

Em plena crise econômica mundial, em 2008, quando Lula era presidente, um salário mínimo comprava 12,57 botijões de gás. O botijão custava R$ 33 e o gasto com esse item correspondia a 7,95% do salário mínimo. Em 2015, na gestão da presidenta Dilma Rousseff, o salário-mínimo comprava 17,51 botijões – um botijão correspondia a 5,71% do salário mínimo, o preço do botijão era R$ 45. No governo Bolsonaro, com o gás atingindo o valor recorde de R$ 130, o salário mínimo compra apenas 9,32 botijões. Quase 11% do salário é destinado a esse item.

Entre 2003 e 2006, no primeiro mandato de Lula, o preço do gás praticamente não sofreu reajuste, ficando em até R$ 33. Considerados os oito anos do governo Lula, o aumento do produto não chegou nem a R$ 10, já que, em 2003, o preço do botijão girava em torno de R$ 30 e, no final de 2010, não chegou nem a R$ 40.

Durante a campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro considerou um absurdo o preço do gás – na época em torno de R$ 70 – e prometeu reduzir o valor. A promessa foi reforçada pelo ministro da privatização, Paulo Guedes, que garantiu reduzir pela metade o valor do botijão. Botijão a R$ 35 é mais uma mentira do governo que não se importa com o povo.