Haddad, em Canoas: “Nós queremos um giz numa mão e um livro na outra”

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O candidato da coligação “O povo feliz de novo”, Fernando Haddad, e sua vice, Manuela D’Ávila, visitaram Canoas (RS), na tarde desta quinta-feira (27/9). Acompanhados de Miguel Rossetto, candidato ao governo do Estado, e Olívio Dutra, ex-ministro das Cidades do governo Lula, Haddad iniciou sua fala pedindo que o povo presente imaginasse Manu entrando no Jaburu. “Vai ser bonito! Mas vai ser mais bonito ainda se Rosseto entrar no Piratininga”, disse. “Porque, quando nosso lado assume os palácios, na verdade, a gente está abrindo as portas para o povo brasileiro. Não está encastelado lá, despachando de um gabinete, achando que está fazendo um bem, sem ouvir o impacto da decisão que a gente toma tem no povo, como está acontecendo no Brasil hoje. As medidas estão sendo tomadas e eles não saem pra ver o que está acontecendo na vida do povo”, disse ele, declarando que o voto do povo vai corrigir tudo o que foi feito de errado.

O candidato falou da importância de se investir na educação. “Tem muita gente que quer um relho na mão e um revólver na outra. Nós queremos um giz numa mão e um livro na outra”, afirmou ele, sendo ovacionado. Haddad reafirmou o compromisso de investir no ensino médio. “Um presidiário custa 40 mil reais e um estudante de ensino médio custa 5 mil reais. É o estudante que está precisando de cuidados”. Ele disse que o ensino médio é de competência do governo do estado, mas Lula pediu que ele desse prioridade, em seu governo, a essa etapa do ensino, que está em crise. “Ele me disse: ‘você fez tanto pela educação’. Eu fiz mais escolas técnicas que todos os meus antecessores somados. Fiz mais campi universitários que todos os meus antecessores somados. Ou seja, nós fizemos mais em oito anos do que eles fizeram em 100 anos. Nós inventamos o Sisu, o Prouni, o FIES sem fiador e não vamos parar de inventar até todo mundo se educar”.

Haddad falou de novo de sua obsessão por gerar emprego e renda. “Porque nós vimos a transformação acontecer. Se uma pessoa acordar pela manhã e ela tiver uma oportunidade de se educar e trabalhar, você não precisa se preocupar com o resto. Tudo se arruma com trabalho e educação. Se a pessoa trabalha e se educa, a economia cresce e gera imposto pra arrumar todo o resto”.

Ele lembrou que, nas próximas eleições, deve-se votar em dois candidatos para o Senado. “Temos que colocar Paim e Biga lá, para ajudar nas medidas que precisam ser tomadas para o Brasil sair da crise, como o teto de gastos, a reforma trabalhista”.

“Vocês viram que querem aumentar o imposto dos mais pobres. Quanto mais pobre, mais imposto paga no Brasil, porque o imposto todo está embutido no preço na mercadoria. Agora, os donos das empresas recebem dividendos e não pagam imposto sobre isso. E trabalhador paga na fonte”, afirmou.

O ex-ministro da Educação afirmou que não é com violência, guerra, ditadura que o mundo se desenvolveu, mas investindo, cuidando e gostando das pessoas. “A política serve pra isso”, disse.