Nesta sexta-feira (14/09), o candidato a presidente Fernando Haddad participou de caminhada na Rocinha, no Rio de Janeiro, ao lado de sua vice, Manuela D’Ávila, da candidata ao governo do Rio de Janeiro, Marcia Tiburi, e do senador e candidato à reeleição, Lindbergh Farias. Durante a caminhada, Haddad concedeu entrevista a jornalistas e falou um pouco mais sobre o Plano de Governo, principalmente sobre as propostas que concernem às comunidades do Brasil.
“A maior reivindicação dessas comunidades é a retomada das obras do PAC. Primeiro, porque melhora a qualidade de vida e, segundo, porque gera emprego imediatamente para uma juventude que está sem opção”, disse. Para o candidato, a retomada das obras do PAC tem que ter critério social, alto impacto na qualidade de vida das pessoas e geração de emprego imediata. Quanto mais a obra gerar emprego, maior vai ser a prioridade dada a essa obra.
Ao comentar a economia, o candidato falou sobre o teto de gastos, uma medida que, para ele, não funciona, pois não abre nenhum espaço fiscal para investimento. “Sem investimento público, sem consumo das famílias, sem crédito barato, a economia não vai retomar e aí o problema fiscal vai agravar, ao invés de melhorar. Nós precisamos de um tripé e as obras do PAC têm que ter um espaço fiscal no orçamento. Quanto mais a obra gera emprego e impacta as comunidades que têm mais necessidades sociais, melhor”.
Uma das propostas do plano de governo é realizar uma reforma tributária, que inclui o imposto de renda justo: quem ganha até 5 salários mínimos será isento do IRPF. Isso deve aumentar a renda disponível das famílias e elas irão voltar a consumir. Também haverá uma reforma bancária para que as taxas de juros diminuam. Então, quanto mais juros o banqueiro cobrar, mais imposto ele vai pagar.
O candidato também foi questionado sobre a violência e afirmou que a União, por meio da Polícia Federal, vai combater as organizações criminosas. Isso vai ser feito para que as polícias locais possam atuar para salvar a vida das pessoas. “Homicídio, feminicídio, estupro e roubo, as polícias locais que têm que cuidar. Alguns crimes vão passar também para a esfera federal, com contingente da polícia que vai ser reforçada e, com isso, vamos fazer os estados cumprirem metas de diminuição da violência. Todo estado vai ter que cumprir metas”.
Confira a íntegra do áudio da entrevista de Haddad a jornalistas na Rocinha: