Inflação desenfreada penaliza bolso do trabalhador

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Sobreviver no Brasil está a cada dia mais difícil com a alta desenfreada dos preços, especialmente dos combustíveis, que reverberam em vários outros produtos, gerando novos aumentos de preços e carestia generalizada.
O dado de hoje é que, em fevereiro de 2022, o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), índice de inflação oficial do governo, chegou a 1,01%, o maior para o mês desde 2015, segundo o IBGE. No acumulado de 12 meses, a elevação de preços chega a 10,54%.

Com os reajustes autorizados para os combustíveis na quinta-feira, 10 – 18,7% para gasolina e 24,95% para o diesel -, a expectativa é de que a inflação cresça ainda mais em março, levando mais dificuldades para os brasileiros, especialmente os trabalhadores e as classes mais pobres. Tudo isso resulta em menos dinheiro no bolso, menos comida no prato e mais fome.

A elevação do índice em fevereiro, quase o dobro da alta de janeiro, foi impulsionada pela alta dos alimentos e pelo reajuste nas mensalidades escolares, numa base de preços muito impactada pela alta dos combustíveis, que aumentaram quase 50% em 2021, mais de 33% nos 12 meses encerrados em fevereiro, e que ficam ainda mais caros em 2022.

Com o reajuste autorizado na quinta, a expectativa é de que a inflação de março seja ainda maior do que a verificada em fevereiro, podendo alcançar 11% ainda no primeiro semestre.

Não à dolarização

Em manifestações públicas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem dito que ao menos 30% da inflação é composta por preços controlados pelo governo e que poderia haver um freio para impedir que a população seja prejudicada. Foi isso que foi feito nos governos do PT.

Lula tem se posicionado contrário também à dolarização dos preços dos combustíveis, já que a política de reajuste seguida hoje pela Petrobras é baseada principalmente na variação dos preços do mercado internacional. O ex-presidente já declarou que, se voltar à Presidência, vai mexer nos preços dos combustíveis para conter a dolarização vigente na política atual e evitar que o povo brasileiro seja penalizado com gás, gasolina e óleo diesel caríssimos.