O governo de Jair Bolsonaro bateu novo recorde. O acumulado da inflação dos alimentos e bebidas nos primeiros nove meses é o maior em 28 anos. De janeiro a setembro os preços subiram 9,54%, a maior alta desde o início do Plano Real para o período. O Brasil de Bolsonaro pode estar voando. O país do povo brasileiro, no entanto, anda para trás batendo índices inflacionários de 1994. Esta cada dia mais difícil comer no governo Bolsonaro.
A carestia afeta de forma mais cruel as famílias de baixa renda, para quem o preço dos alimentos tem maior peso no orçamento em comparação com quem tem renda elevada. A inflação dos alimentos maltrata as famílias brasileiras. Nem toda as benesses ofertadas por Bolsonaro para ganhar votos, e que terão fim após a eleição, são suficientes para aliviar o bolso do trabalhador.
De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o valor excepcional de R$ 600 do Auxílio Brasil só compra uma cesta básica em cinco capitais do país, todas da região Nordeste: Aracaju (R$ 518,68), Salvador (R$ 560,31), João Pessoa (R$ 562,32), Recife (R$ 580,01) e Natal (R$ 581,53).
São Paulo segue com a cesta básica mais cara do país, chegando a custar R$ 750,74. Na sequência, Florianópolis (R$ 746,55), Porto Alegre (R$ 743,94) e Rio de Janeiro (R$ 714,14). Especialistas avaliam que os preços tendem a ficar em patamar elevado até dezembro ou início de 2023.
Enquanto o governo federal faz malabarismos para tentar convencer a população de que o país está voando e a economia tinindo, a realidade éa fome. O Brasil, que havia saído do Mapa da Fome em 2014 graças aos governos de Lula e Dilma, tem hoje 33 milhões de pessoas sem nada para comer e outras 125 milhões com algum tipo de insegurança alimentar, sem dinheiro para comprar comida suficiente.
A máscara econômica do governo Bolsonaro, no entanto, já começou a cair antes do segundo turno das eleições. A última semana foi marcada pela alta de 1,4% da gasolina e pela queda da prévia do PIB mais do que o esperado, marcando 1,13% em agosto.
Quem ainda tem alguma renda, sofre com a queda do poder de compra. O custo de vida das populações mais pobres segue subindo, com o salário valendo cada vez menos. É urgente a saída de Bolsonaro para que o país possa voltar a crescer.
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