Com o objetivo de criar empregos e oportunidades de negócios para os jovens no setor agrícola, a FAO e o governo da Etiópia assinaram um acordo de parceria para reduzir a mobilidade dos jovens causada pela pobreza.
O projeto de dois anos apoiado pelo governo italiano, orçado em 2,5 milhões de dólares, quer melhorar as políticas de desenvolvimento agrícola, tornando as zonas rurais mais atraentes para os jovens que enfrentam dificuldades crescentes no acesso à terra por conta da pressão da população e da degradação ambiental.
Na Etiópia, de acordo com a FAO, a maioria dos migrantes é do sexo masculino, enquanto a maior parte das mulheres fica em casa cuidando da fazenda e da família. Isso coloca as etíopes em uma posição particularmente desfavorecida em relação ao acesso aos insumos, créditos e outros meios para acompanhar a produção agrícola.
Na Etiópia, onde mais de 30% dos habitantes vivem em condições de extrema pobreza e 32% são subnutridos, a migração, tanto interna quanto externa, se torna uma estratégia de sobrevivência fundamental para muitas famílias. Desta forma, desenvolver programas que garantam o sustento e a geração de empregos em áreas rurais é buscar uma maneira de contornar esse desafio.