Instituto Lula promove Colóquio sobre integração Chile-Brasil

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O Colóquio Chile-Brasil reuniu nesta terça-feira (26), em São Paulo, estudiosos, líderes políticos e representantes sindicais e sociais para discutir a integração da América do Sul. A contextualização da integração regional e o combate à desigualdade, por meio da inclusão social, foram retratados na primeira etapa do encontro, realizado pela Iniciativa América Latina do Instituto Lula, em parceria com a Embaixada chilena, Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso-Chile) e a Universidade Federal de Integração Latino-Americana (Unila). 

Luiz Dulci, diretor do Instituto e ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, destacou a amplitude do encontro, que reúne dirigentes, pesquisadores, representantes de organizações populares e sociais, além de sindicalistas urbanos e rurais, para compartilhar experiências exitosas e debater os desafios futuros.

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Edgardo Riveros, subsecretário de Relações Exteriores do Chile, frisou que América do Sul e América Latina devem e podem ter uma maior incidência na configuração da nova ordem mundial. “Depende de apresentarmos um só olhar sobre assuntos que interpelam a todos como segurança, mudanças climáticas e agenda de desenvolvimento”, detalhou. A condição, neste caso, é encontrar “convergência na diversidade”.

Marco Aurélio Garcia, chefe da assessoria especial da Presidência da República, por sua vez, destacou o intercâmbio intelectual crescente entre Brasil e Chile. “Nem sempre proporcionado pelo Estado”, frisou. “Hoje, felizmente, há essa sintonia entre os governos”, completa. Segundo ele, as ações já desenvolvidas são reflexos da necessidade coletiva da região, com implicação direta na hegemonia e forte repercussão e influência à ordem regional. O grande desafio, estabelece o expositor, é quebrar o mito colado à imagem dos países sul americanos, a da desigualdade. “Todos governos puseram na pauta uma questão central: nós não teremos uma presença internacional significativa se não acabarmos com a desigualdade”. 

Processo de inclusão

O desenvolvimento regional aliado à inclusão social, do ponto de vista da geração de emprego, acesso ao ensino, fortalecimento do setor público e economia, puxou uma nova rodada de debates. Ángel Flisflisc Fernández, diretor da FLACSO, tratou da relação direta entre ausência de boa formação educacional e o “precariado” – modalidade de trabalho informal.

As manifestações de rua, mobilizações que ganharam apoio da juventude tanto no Brasil, quanto no Chile, foram tema da participação de Melissa Sepúlveda Alvarado, presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile e porta voz da Confederação de Estudantes do Chile. “As mudanças não passam apenas por reformas educacionais e reformas trabalhistas. Passam pela mudança de concepção sobre as reais necessidades das pessoas.”

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