O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que vai fazer pela educação em quatro anos de mandato o mesmo que fez nas duas primeiras gestões, quando as universidades viveram um período “quase que de ouro”. À época, foram construídas 19 universidades e 178 campi universitários. O objetivo é tirar o Brasil da escuridão e do abismo no qual entrou no século 20 e dar ao filho do pobre a mesma oportunidade que o filho do rico tem.
“Eu quero que todo mundo tenha oportunidade. Pode ficar certo de que, nesses quatro anos agora, vamos fazer da universidade o mesmo que fiz nos oito anos que eu presidi esse país. Mais investimento em ciência e tecnologia, melhorar a vida dos professores, melhorar a vida dos técnicos, porque é isso que vai dar grandeza ao Brasil’, afirmou, em entrevista para a TV Alterosa, o jornal Estado de Minas e o Portal Uai.
Hospital universitário
Na conversa com o jornalista Benny Cohen, Lula voltou a dizer que educação não pode ser vista como custo ou gasto, mas como investimento. “Não existe país desenvolvido sem antes ter investido em educação. Educação é investimento, investir em professor é investimento, investir em pesquisa é investimento, colocar dinheiro em laboratórios para as universidades é investimento” afirmou.
Ele lembrou da criação da faculdade de medicina em Teófilo Otoni, em seus governos, e reafirmou o compromisso de concluir o Hospital Regional, que está com obras paralisadas na cidade, para que a unidade de saúde atue como hospital universitário para que os estudantes de medicina aperfeiçoem seus aprendizados.
Ministério da Cultura e comitês culturais
O ex-presidente afirmou também que, se ganhar as eleições, voltará a investir em cultura porque o setor tem grande potencial de geração e empregos e o país precisa dar visibilidade para as manifestações culturais de diferentes regiões. Ele voltou a falar da criação do Ministério da Cultura e de comitês estaduais de cultura.
“É um desastre para a humanidade um governo achar que a cultura é problema. Precisamos fomentar a cultura, porque um país sem cultura não é um país”, disse, repetindo que Minas tem uma cultura riquíssima e demonstrando apreço especial pela produção do Vale do Jequitinhonha.
“Você não sabe o orgulho que eu tenho do Vale do Jequitinhonha. É uma região pobre, mas do ponto de vista cultural é extraordinária. Tudo isso tem que ser potencializado para que a cultura seja indústria geradora de emprego, geradora de riqueza e pagadora de salário.”