Acabar com o sonho de jovens pobres concluírem o ensino superior é uma das consequências nefastas dos retrocessos pelos quais o país passa, com desemprego, aumento da pobreza e destruição das políticas públicas inclusivas, criadas pelos governos petistas.
Reportagem do UOL publicada nesta semana conta a história de Beatriz Zebalo, 20 anos, e Helen Cardoso, 23, jovens da periferia de São Paulo que tiveram que abandonar o ensino superior, por falta de condições de se manterem na universidade.
Beatriz trancou, no terceiro semestre, a matrícula do curso de filosofia na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), para priorizar o trabalho e ajudar a família. “Não tive oportunidade de sonhar, de estudar. Não foi diferente para minha mãe, para meu pai, para minha avó. Por que seria diferente para mim?”, disse à reportagem a jovem que sonhava ser pesquisadora.
Helen estudava direito, na Unifesp em Osasco, para onde se mudou após ser selecionada para a vaga, mas sem condições de arcar com os custos de moradia e alimentação também se viu obrigada a trancar a matrícula e adiar o sonho da graduação. “Tranquei pela condição financeira e psicológica, já que não estava mais dando conta de fazer tudo ao mesmo tempo. E, se sair do trabalho, não pago as contas”, disse ao portal de notícias.
“Helen precisaria de assistência para continuar na universidade, condição que para muitos estudantes vem sendo abalada pelas sucessivas restrições orçamentárias do governo federal”, escreveu o UOL.
Educação como prioridade
De fato, o governo atual desidrata os investimentos em educação. No corte orçamentário anunciado recentemente, Educação foi uma das áreas mais afetadas, o que deixou as universidades federais em apuros.
O ex-presidente, que em seus governos criou condições para que jovens pobres acessassem as universidades, tem declarado em diferentes situações que investir em educação é uma das prioridades, assim como investir em saúde, gerar empregos e combater a fome.
As diretrizes do programa de governo do movimento Vamos Juntos pelo Brasil, da chapa Lula-Alckmin, confirmam as declarações do ex-presidente. A diretriz 21 diz que o Brasil voltará a investir em educação de qualidade, no direito ao conhecimento e no fortalecimento da educação básica, da creche à pós-graduação, coordenando ações articuladas e sistêmicas entre a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, retomando as metas do Plano Nacional de Educação e revertendo os desmontes do atual governo.