O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu continuidade ao ato de lançamento do Movimento “Vamos Juntos pelo Brasil” e agradeceu, no início da noite de hoje (9) em Belo Horizonte (MG), a unidade dos partidos que compõem a aliança em torno dos nomes dele e de Geraldo Alckmin para a futura chapa que disputará as eleições deste ano.
Em fala para lideranças locais do PSB, PCdoB, PSol, PV, Rede e Solidariedade, durante ato “Lula abraça Minas”, o ex-presidente disse que as legendas conseguiram cumprir a profecia de Paulo Freire de juntar os divergentes para vencer os antagônicos. “Essa é que é a nossa grande tarefa”, afirmou, em auditório lotado, com sete mil pessoas dentro e cinco mil fora, no Expominas BH.
No primeiro de três dias de agenda em Minas – ele passará por Contagem, amanhã, e Juiz de Fora, na quarta, cidades geridas por prefeitas do PT, Lula lembrou os retrocessos que o país vive desde o golpe que tirou Dilma Rousseff da Presidência, em 2016, e disse que na disputa deste ano não está enfrentando um adversário qualquer, mas um adversário que não está alinhado com a democracia, o amor, a paz, a educação e o desenvolvimento.
“Não estaremos enfrentando um adversário qualquer, mas um adversário que representa a antidemocracia, o antiamor, a antipaz, a antieducação e o antidesenvolvimento. Um adversário que representa a ignorância, a violência e o fascismo. A gente vai ter que jogar esse fascismo no esgoto da história porque o Brasil nasceu para a democracia e para o desenvolvimento”, afirmou.
Lula ressaltou que o país do desemprego e da fome precisa ser descontruído para construir de novo o Brasil que surgiu em 2003, com criação de empregos, aumento do salário mínimo, apoio à pequena e média agricultura e grande investimento na educação, que levou filhos de famílias humildes para a universidade e para o exterior com o Ciência sem Fronteiras.
No encontro, com discursos dos partidos aliados, foram exibidos novamente os vídeos que emocionaram os presentes no ato de lançamento do Vamos juntos pelo Brasil, no sábado em São Paulo. Um retoma o jingle da campanha de 1989, com participação de artista de diferentes gerações e estilos. O outro aponta a diferença do Brasil da insensibilidade do atual governo para o Brasil da esperança que a candidatura Lula de novo representa.
A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse que a união das legendas no primeiro turno mostra a unidade de um campo político que está do lado dos movimentos sindical, popular e social e daqueles que têm propostas e sabem governar. Segundo ela, do outro lado da disputa, os que não têm compromisso com o povo, não sabem o que está acontecendo no Brasil e não têm responsabilidade sobre a fome, o desemprego e a carestia.
“Temos muita responsabilidade nesse processo de retomar o Brasil para as mãos do povo brasileiro. E Minas é essencial para isso porque Minas reflete a grandeza que é esse Brasil. Minas é a síntese do Brasil. É o nó que ata o Brasil e transforma esse país numa coisa só. Isso foi dito por um mineiro e é verdade. É isso que Minas é. Por isso, a importância de a gente pisar aqui logo depois do ato do dia 7 para mostrar que nós queremos essa unidade”, afirmou.
O deputado federal Reginaldo Lopes, líder do PT na Câmara, se colocou à disposição para disputar o Senado e disse que Lula é o único candidato capaz de consolidar novamente a democracia no Brasil. “Temos a oportunidade única, ímpar, de fazer uma nova indústria para o país, conectada com a juventude, conectada com o século 21, digital, tecnológica, sustentável. Eu acredito muito que temos oportunidade de, a partir de seu legado, voltar a garantir emprego para todos os brasileiros e brasileiras, recuperar direitos previdenciários e trabalhistas e recuperar essa juventude que se encontra deprimida”, disse o parlamentar.