Durante encontro no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lembrou que foi ele quem sancionou a lei de liberdade religiosa no país, em 2003, criou o Dia Nacional da Marcha para Jesus, em 2009, e, também, o Dia Nacional do Evangélico, em 2010. Lula reafirmou que não quer misturar política com religião, mas disse ser preciso desmistificar o tema para população do Rio, que vem sendo vítima de fake news com temas religiosos.
“Eu não sou daqueles que misturam política com religião. Acho que política é uma coisa e religião é outra, mas precisamos esclarecer a população sobre algumas coisas. As pessoas não sabem que quem criou a lei de liberdade religiosa foi o meu governo. É preciso que a gente diga o que alguns pastores não querem dizer”, disse ele.
Combate mentiras
Lula afirmou que “é preciso que a gente desmistifique essa crítica que determinadas pessoas de má-fé, mentirosas, tentando transformar religião em partido político, estão falando pelo Rio de Janeiro”. O ex-presidente lembrou que, além das ações pelos evangélicos realizadas em seus governos, foi na gestão da presidenta Dilma Rousseff que foi criado o Dia Nacional da Proclamação do Evangelho.
Ao falar de sua agenda de campanha no Rio, ao lado dos candidatos ao governo, Marcelo Freixo, e ao senado, André Ceciliano, o ex-presidente combate mentiras e disse estar disposto a fazer um debate com os evangélicos, mas não para falar de religião e sim para discutir emprego, cultura, salário, fome e a situação da mulher no país.
“Eu tenho todo interesse de vir para fazer um grande debate com evangélicos, mas não para discutir religião e sim discutir o Brasil, discutir política, discutir emprego, discutir salário, discutir a fome, discutir a cultura, discutir a situação da mulher brasileira que ganha menos que o homem, e que agora está endividada”, disse Lula. E acrescentou que a mulher hoje está “endividada para comprar comida para os filhos”.