Lula defende reajuste na tabela do IR

Em entrevista à rádio mineira Super Notícia, o ex-presidente também defendeu a reforma tributária para a produção pagar menos tributos

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Lula em foto após entrevista à rádio Super

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (17/08) que, em eventual novo mandato, vai reajustar a tabela do imposto de renda, como fez nas gestões anteriores, e discutir aumento da faixa de isenção, que hoje é de R$ 1.900 mensais, mas que pode ser de R$ 5.000, por exemplo. Em conversa ao vivo com a rádio mineira Super Notícia, Lula disse ser “inexorável” um debate sobre uma nova política tributária no Brasil

“Não é possível que tudo tenha reajuste e apenas a tabela dos trabalhadores que pagam imposto de renda não tenha reajuste. Estamos fazendo uma discussão no âmbito econômico. Eu tenho ideia de que vamos ter que escolher uma faixa maior para isentar de imposto de renda. Hoje é R$ 1.900 que a pessoa está isenta. Ou seja, é preciso que a gente discuta outra faixa. Fico pensando por volta de R$ 5.000”, afirmou.

De acordo com o ex-presidente, os detalhes serão discutidos oportunamente, considerando que aumentar a faixa de isenção significa deixar de arrecadar uma quantidade de recursos que precisam vir de outra fonte. “Você vai ter que dizer de qual outra fonte você vai tirar o recurso”, explicou.

Reforma tributária

Fotos: Ricardo Stuckert

O ex-presidente também defendeu a necessidade de uma reforma tributária que seja boa para todos os brasileiros. Ele sinalizou algumas diretrizes, destacando que a produção deve pagar menos, enquanto lucro e heranças devem pagar mais.

“Você precisa colocar na cabeça que é preciso cobrar imposto de renda de lucro e dividendo, que não paga neste país. É inacreditável. Uma pessoa que trabalha paga 27,5% de IR e você tem escritórios que pagam 14%, 13%, 12%.  Vamos ter que fazer uma discussão muito séria, rediscutir uma nova política tributária. Sentar na mesa para ver se desenha proposta que atenda aos interesses de todos os 220 milhões de brasileiros¨, afirmou.