Em seu discurso durante uma plenária popular em Juiz de Fora (MG), na tarde de hoje, 11, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o que ele chamou de uma “revolução” na cultura brasileira, para criar uma nova infraestrutura nacional do setor. Para ele, é necessário recriar o ministério, extinto pelo governo Bolsonaro, e ir além.
“Quero dar os parabéns ao hip hop, ao slam da periferia, porque nós vamos fazer uma revolução na cultura deste país. Eles acabaram com o Ministério da Cultura. Nós vamos recriar o ministério e vamos criar comitês de cultura em cada estado deste país. O Brasil não pode conhecer apenas a cultura transmitida pelos canais de televisão. O país não pode transmitir apenas a cultura que interessa financeiramente”, declarou.
Para o ex-presidente, é preciso que o país tenha acesso às culturas das mais diversas regiões, numa prova de que a diversidade cultural é um dos bens nacionais mais preciosos.
“Nós queremos que o povo conheça a cultura da Zona da Mata, do Vale do Jequitinhonha, do Vale do Mucuri. A gente quer que o povo conheça a cultura de Pernambuco, a cultura da Bahia, a cultura do Amazonas, de Roraima. A gente quer mostrar que este país é megadiverso e a televisão não pode ficar mandando coisas só do Centro-Sul para o resto do país. É preciso ter as coisas de lá para mostrar que este país talvez tenha uma das culturas mais fortes do planeta”, assinalou.