Em discurso na manhã deste sábado (22.10), após caminhada na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva alertou a população sobre a política de enfraquecimento do salário mínimo implementada por Bolsonaro. “Faz quatro anos que não aumenta o salário mínimo”, disse ele.
Lula lembrou que o Brasil já teve qualidade de vida melhor e citou especificamente que o salário mínimo aumentava todo ano e teve valorização de 74% no período dos governos petistas. “A gente tem que mostrar que o salário mínimo aumentava todo ano, e faz 4 anos que não aumenta o salário mínimo, prejudicando os aposentados, prejudicando os pensionistas e prejudicando as pessoas que recebem a aposentadoria.
O ex-presidente apontou que um dos problemas do Brasil é o fato de a massa salarial ter caído, com os trabalhadores ganhando menos, muitos em empregos temporários e sem garantia. E destacou que é o povo brasileiro que tem que dizer que quer restabelecer a democracia, melhorar o padrão da saúde, ter emprego e salário digno.
O ex-presidente tem se mostrado especialmente indignado com o plano do ministro da Economia, Paulo Guedes, de acabar com a indexação do salário mínimo e das aposentadorias à inflação, o que levaria a perda de poder de compra e mais empobrecimento da população.
O fim da correção do salário mínimo é o oposto ao do que é proposto por Lula e realizado nos 13 anos de gestão do PT, que tinha o povo, especialmente os mais pobres, na centralidade das políticas públicas.
O ex-presidente considerou irresponsável o plano do governo Bolsonaro e reafirmou seu compromisso de valorizar o salário mínimo, tornando-o novamente forte, com reajustes anuais. Nos governos do PT, os reajustes eram feitos com a correção da inflação mais ganho real associado ao avanço do Produto Interno Bruto (PIB) dos últimos dois anos.
“É importante que o crescimento da economia brasileira seja repartido inclusive com aposentados e pensionistas”, disse o ex-presidente, em live com o deputado mineiro André Janones, na noite da sexta (21/10), numa rede social do parlamentar.
No discurso do começo da tarde deste sábado, Lula disse que o Brasil não pode permitir que um governo desumano como o de Bolsonaro continue governando o país. “Esse ano, por exemplo, ele não comprou livros didáticos para os nossos estudantes, mas ele passa todo dia incentivando o povo a comprar armas. Ele tira fotos com criança armada e armas não educam, armas matam”, disse.
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