Lula diz que concluirá hospital regional de Divinópolis e duplicará BR 381

Ex-presidente fará parceria com governo de Minas para concluir obras que estão paralisadas e que são importantes para os mineiros

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Lula diz que concluirá Hospital Regional de Divinópolis e duplicará BR 381

Em entrevista coletiva na manhã deste domingo (09/10), em Belo Horizonte (MG), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que, se eleito, vai fazer parceria com o governo de Minas Gerais para concluir o hospital regional que está com as obras paradas na cidade de Divinópolis, na região oeste, distante cerca de 130 quilômetros da capital.

O ex-presidente contou sobre encontro com ex-prefeito da cidade, com quem construiu uma faculdade de medicina na cidade mineira. Agora, a demanda, segundo ele, é por um hospital universitário, para ser usado pelos mais de dois mil alunos da faculdade. Lula sugeriu que o hospital regional poderá funcionar como hospital-escola.

“Não conheço o governador Zema, mas sei que ele foi eleito em primeiro turno. Se eu for eleito, ou ele vai a Brasília ou eu venho conversar com ele porque a gente vai acabar esse hospital-escola para prestar serviço à região de Divinópolis. Num país que precisa de saúde, não podemos deixar um hospital parado”, afirmou.

Na coletiva, Lula lembrou do compromisso assumido no primeiro turno de duplicar a BR 381 entre Belo Horizonte e Governador Valadares. “Quando fui a Ipatinga eu assumi o compromisso de, se ganhar as eleições, teremos prazer de transformar a estrada da morte em estrada da vida”. Em outro momento de conversa com os mineiros, afirmou que terá cuidado especial com a Serra do Curral.

Harmonia entre entes federados

O ex-presidente destacou a necessidade de bom relacionamento entre os entes federados e disse que quem tem um mandato não deve fazer distinção. “Não quero saber de que partido é o governador e o prefeito. Se ele foi eleito, tem que ser tratado com dignidade, com respeito e com decência. Foi assim que eu tratei prefeitos e governadores durante oito anos”, afirmou.

Lula disse também que um presidente precisa atuar como se fosse um maestro regendo uma orquestra e convivendo com prefeituras e estados da forma mais harmoniosa possível e tendo consciência de que os problemas que precisam de solução são pertinentes às cidades, que é onde as pessoas moram. Na saúde, na educação, no transporte e na segurança pública, o problema está nas cidades.

“Não é possível um presidente achar que consegue governar sem levar em conta a relação com as cidades”, disse, lembrando que em seus governos, havia uma sala de prefeitos na Casa Civil e nas superintendências regionais da Caixa para que os gestores tivessem diálogo direto com a instituição, sem precisar de intermediação de parlamentares de Brasília.

“É esse país harmonioso entre governo federal, governo estadual e governo municipal que a gente tem que prometer e garantir que vai acontecer”, disse.

Lula lembrou das parcerias que teve como Aécio Neves, que governou Minas quando ele era presidente, e com o prefeito de BH, cidade tratada com carinho tanto por ele, como pela ex-presidenta Dilma Rousseff.

Legado

Lula agradeceu os votos de todos os mineiros no primeiro turno. Ele lembrou o legado dos governos petistas na cidade, com investimentos da ordem de R$ 14,3 bilhões, dos quais R$ 11,9 bilhões em obras de infraestrutura e R$ 2,4 bilhões só do Minha Casa Minha Vida, que teve mais de 31 mil casas populares contratadas na cidade.

Em Minas, foram 443 mil casas contratadas e mais 328 mil entregues pelo maior programa habitacional da história do país. Apenas na faixa 1, voltada para as famílias de baixa renda, foram 141 mil casas contratadas e 98 mil entregues.

Além disso, houve reforma e ampliação do terminal de passageiros do Aeroporto de Confins e concessão de um novo terminal, com ampliação da pista e do pátio. Nas rodovias, foram duplicados trechos das BRs 050, 262, 040 e 153, e concedidos trechos da 381 e da 040. Houve ainda ampliação do metrô, criação do BRT e corredores de ônibus em vias importantes da capital.

Foram feitas ainda 78 obras de urbanização em áreas de risco de 48 municípios; 28 intervenções contra enchentes, em dez municípios, e 115 obras de abastecimento de água e 224 de esgotamento sanitário. Houve, ainda, modernização da Refinaria Gabriel Passos e construção de quatro usinas hidrelétricas.

Parcerias

Presente na coletiva, o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, defendeu a eleição de Lula para que a capital mineira volte a ter parcerias profícuas para a realização de obras importantes para a cidade. Segundo ele, na conjuntura atual, Belo horizonte está abandonada, sofrendo de carência de ações do estado, sem receber nada dos governos estadual e federal.

“Belo Horizonte precisa estar junto com o candidato Lula porque, com certeza, ele fará com que Belo Horizonte volte a receber parcelas de recursos para construir casas populares, combater as enchentes, resolver o problema do anel, resolver uma série de problemas. Precisamos construir casa popular e não temos dinheiro porque não temos dinheiro do governo federal”, disse o prefeito.