“Lula é paz e amor”, diz ex-presidente, ao defender governar com o coração

Compartilhar:

Em discurso hoje (26) no Festival Vermelho, que celebra os 100 anos do PCdoB, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse é preciso governar um país com o coração, olhando para as pessoas mais humildes que não têm oportunidades na vida e destacou que hoje o “Lula é paz e amor”.

“O Lula que está falando é o Lula paz e amor, porque não é possível governar um país com a razão, você precisa governar um país com o coração. Você precisa governar um país olhando para pessoas mais humildes, olhando para as pessoas que não trabalham, para as pessoas que não comem, as pessoas que não estudam, para as pessoas que não têm oportunidades na vida. E é esse país que vamos reconstruir”.

Lula disse que um filho de dona Lindu, mesmo depois de perder a esposa, ser preso e ser achincalhado durante cinco anos, não tem raiva nem ressentimento. “Um filho de dona Lindu não tem raiva nem tem ressentimento, mas não peçam para eu esquecer o que fizeram comigo.”

O ex-presidente ressaltou que sua intenção é conversar com todo mundo. “Não se preocupem os banqueiros e empresários, porque eu vou conversar com todo mundo. Mas quem vota em mim é esse povo que está aqui, é o povo trabalhador, é o povo sofrido desse país”, afirmou.

Ao comentar as dificuldades vividas pelas pessoas mais pobres, Lula lembrou da sua origem simples. “Nunca na história desse país teve um presidente que veio do chão da fábrica, um cara que já foi mandado embora e ficou um ano e cinco meses desempregado. Um cara que já morou em casa que a água entrava um metro e meio dentro (…) Quando parava de chover e a água ia embora, a gente passava mais meio dia limpando a lama, com aquelas sanguessugas na perna da gente. O povo sofre demais. O país é maior produtor de comida e o povo só pega resto, só pega osso no açougue ou carcaça de frango. Que país é esse?”

O ex-presidente disse que, num eventual governo, vai reconstruir o Brasil das oportunidades com apoio do PCdoB e demais partidos que fizerem parte da frente democrática para derrotar, o fascismo. “Eu sei como é a vida do nosso povo e quero fazer com o PCdoB e com os partidos que estão aqui um compromisso. Não é um compromisso eleitoral, mas uma profissão de fé. Vamos trabalhar dia e noite para fazer esse povo voltar a sorrir ”.