O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (16/09), em Porto Alegre (RS), estar feliz e motivado por reencontrar o povo com o mesmo ânimo e coragem de recuperar o Brasil, como aconteceu quando ele venceu as eleições pela primeira vez. “Estou feliz porque a gente vai derrotar esse genocida e vamos voltar a governar esse país de forma democrática”, afirmou.
Lula, que esteve no Rio Grande do Sul pela primeira vez em 1975, criticou a agressividade e o fanatismo bolsonarista e citou o assassinato de eleitores petistas: um em Foz do Iguaçu, baleado durante sua festa de aniversário, e outro esfaqueado em Confreva, no Mato Grosso. “E este genocida diz: ‘eu vou extirpar o PT, eu vou acabar com o PT’”, reclarou.
“Eu queria dizer ao atual presidente: ‘o senhor não vai acabar com o PT, porque no dia 2 de outubro o senhor vai ter a sua licença para sair fora desse país’. Qual é a obra que o Bolsonaro fez no estado do Rio Grande do Sul? Eu quero que vocês me digam uma ponte, uma estrada, uma ferrovia, uma estação de metrô? Ele não fez absolutamente nada nesse país”, questionou Lula.
O ex-presidente revelou também que ficou emocionado quando viu Dutra aceitar o convite para disputar o Senado, mesmo tendo passado pouco tempo da morte de sua esposa Judite Dutra, com quem ficou casado durante 54 anos.
Lula disse também que quando Janja aceitou casar com ele, tinha consciência de que os dois iriam trabalhar juntos para reerguer a cabeça dizer: “nunca mais um genocida como Bolsonaro vai ganhar umas eleições nesse país”. “Quem nasce para a luta não tem tempo de ficar em casa. Quem tem uma causa não desiste de uma vida de luta”, declarou Lula.
Antes dos mestres de cerimônia anunciarem Lula, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, disse que a música Sem Medo de Ser Feliz seria tocada em homenagem à Débora Moraes, coordenadora do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), vítima de feminicídio em sua casa na capital gaúcha.
“A Débora é mais uma mulher assassinada, companheira do MAB. Eles [bolsonaristas] dizem que nossa bandeira jamais será vermelha, mas ela está manchada de sangue, sangue das mulheres. E o que eu quero é o Brasil da esperança, com Lula na Presidência, para que a gente não veja mais mulheres assassinadas. Vamos cantar pra Débora e dizer que continuamos juntas na luta”, disse Janja.
Lula dividiu palco com Edegar Pretto, candidato à governador do Rio Grande do Sul, e Olívio Dutra, que concorre ao Senado.
“Graças a Deus Lula não nos abandonou, nós não abandonamos Lula, e quando muitos disseram: ‘não é possível um trabalhador ser presidente deste país’. E nós, com a força da esperança, dissemos, ‘quem foi que disse que um metalúrgico não pode ser presidente?’. E nós elegemos, reelegemos (…). E no dia 2 de outubro as rádios de Porto Alegre e do Rio Grande estarão anunciando: ‘atenção, povo gaúcho, já está definido, Luiz Inácio Lula da Silva se elegeu no primeiro turno”, disse Pretto durante seu discurso.
Quadro histórico do Partido dos Trabalhadores, Dutra comentou sobre a necessidade de eleger uma base de sustentação para Lula no legislativo e pediu para que a população faça política, peçam votos sem disseminar o ódio e distribuam solidariedade e amor.
“Se eleito este que voz fala, vamos reforçar as lutas do povo brasileiro no Senado. Bueno, povo brasileiros, nós, da Frente Brasil da Esperança, entendemos a política como uma construção do bem comum com o protagonismo das pessoas. A política não é um toma lá dá cá. Nenhum de nós pode, portanto, ir atrás das pessoas para que elas votem em nós através de um favorzinho de ocasião. Não! Vamos estimular as pessoas que reflitam a situação que este país está vivendo, que não pode continuar, e que votem com o coração e com a consciência”, completou o candidato ao Senado.
O evento contou com diversas lideranças, como a ex-presidenta Dilma Rousseff, Tarso Genro, ex-governador do Rio Grande do Sul, Manoela d´Ávila representando o PCdoB, Gleisi Hoffmann, presidenta do PT, o ex-ministro Aloízio Mercadante, Pedro Ruas, candidato à vice-governador, o senador gaúcho Paulo Paim, Márcio Souza, vice-presidente nacional do PV, Randolfe Rodrigues, senador do Amapá pela Rede, Luíz Tibé, presidente do Avante, além de deputados federais, estaduais e representantes dos movimentos sociais organizados.
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